Cirurgia praticamente sepulta a intenção de Pannunzio em concorrer à reeleição e abre espaço para o deputado federal Vitor Lippi voltar ao jogo da sucessão

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A cirurgia pelo qual o prefeito Pannunzio passou na manhã de hoje (2 de março) praticamente enterra a possibilidade dele vir a ser o candidato a prefeito do PSDB na eleição de outubro próximo. Apenas os dias vão dizer qual a gravidade do procedimento e como será a sua recuperação, mas não resta dúvida que será algo lento e essa lentidão tira ele do jogo sucessório que se afunila. Daqui um mês, exatamente, se encerra janela de filiação partidária e isso é um ingrediente importante para que os candidatos a vereador decidam para que lado eles vão. Ou seja, a indefinição tucana pode afastar candidatos com influência de votos levando-os a outras legendas.

Com Pannunzio fora, a questão que surge é sobre quem será o candidato tucano.

O prefeito Pannunzio disse mais de uma vez que ele tomando a decisão de não ser candidato, a sequência será perguntar a Vitor Lippi se é o desejo dele concorrer novamente. Para mim, na coluna O Deda Questão na TV, Lippi foi taxativo em dizer que não será o candidato nem que o partido peça e nem que seus amigos (prefeito Pannunzio, governador Alckmin e deputada Maria Lúcia) peçam. No Jornal da Ipanema, antes de ontem (29 de fevereiro), ao vivo, ele voltou a afirmar que não quer ser candidato e que a vontade pessoal dele está acima do desejo do partido ou amigos. E disse, inclusive, do quanto sua família (principalmente a esposa Denise e a irmã Ísis, que é sua advogada) deseja que ele siga como deputado.

Mas ouvi de um graúdo tucano, que prefiro deixar no anonimato, que diante desse quadro inesperado do prefeito Pannunzio “nem que seja amarrado”, o candidato a prefeito em outubro será Vitor Lippi.

Ouvi de um assessor de Lippi, também agora à tarde, que ele tomou a decisão de não ser o candidato, mas que uma pressão, tipo aquela do filme Tropa de Elite, poderá ter algum efeito e fazer que ele, a contragosto, seja o candidato.

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