Corregedoria da Prefeitura foca na perfumaria do problema apontado por vereadores que invadiram o Samu e demonstra falta de olhos para ver se a atividade fim (que é salvar vidas) está sendo exemplarmente cumprida

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PeVitao

Dentro da bola vermelha está o pé do vereador Vitão quando adentrou o Samu pela porta-balcão

Os vereadores Vitão do Cachorrão e Fausto Perez não escondem a alegria do resultado do trabalho da Corregedoria da Prefeitura de Sorocaba que dá razão ao ato deles de dar uma incerta, invadir, fiscalizar (as adjetivações são variadas) o Samu (Serviço Médico de Urgência) numa madrugada no início deste mês.

Em resumo, a Corregedoria constatou que os médicos do Samu muitas vezes fazem 2 horas de lanche quando a lei permite apenas 1 hora; estão com o cartão de ponto registrado, mas não estão trabalhando; não usam uniforme para trabalhar; e são mais duros com os chefes que classificam de cúmplices dos maus médicos e mau gestores por não fiscalizar suas falhas.

Posso, e desejo estar completamente enganado, mas são detalhes diante do que de fato se espera de médicos do Samu: que eles salvem vidas.

Alguém morreu por negligência de algum dos médicos?

Algum paciente está com sequelas por causa do mau atendimento?

E a falta de ambulância UTI?

A Corregedoria não teve olhos para ver o que precisa ser visto, apenas buscou um bode expiatório para servir de exemplos a todos os outros funcionários públicos. É como se fosse um aviso: usem o uniforme bem limpinho, cumpram o horário e estejam sempre a postos para a eventualidade de algum “super-herói” aparecer de madrugada.

A Corregedoria deve valorizar a atividade fim, isso que importa para o cidadão e para a sociedade. Deve verificar se as condições que o funcionário tem para oferecer o seu serviço é adequada.

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