Decisões da Justiça e MP animam quem quer ver prefeito cassado

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Dois fatos que viraram notícia hoje animaram as pessoas que querem ver o prefeito Crespo cassado na Comissão Processante que investiga denúncias de irregularidades no voluntariado da ex-servidora comissionada Tatiane Polis na Prefeitura de Sorocaba.

1º) A Justiça indeferiu um pedido da defesa de Crespo para que fosse reconsiderada a negativa sobre oitivas com três testemunhas indicadas pelo prefeito na Comissão Processante. A decisão foi tomada na quarta-feira pelo juiz Leonardo Guilherme Widmann, da Vara da Fazenda em Sorocaba, que entendeu que estavam ausentes os requisitos necessários para a concessão da segurança liminar pedida. A defesa deve recorrer no TJ (Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo).

O pedido de liminar era para que fosse declarada a nulidade das decisões de indeferimento da oitiva das testemunhas ainda não ouvidas, ou, caso houvesse impossibilidade, que fosse garantido o direito à substituição. A defesa se refere a João Batista Sigillo Pellegrini — com problemas de saúde –, Jéfferson Alves de Campos — deputado federal — e Milton Leite — vereador de Capital.

2º) O promotor Orlando Bastos Filho, do Ministério Público em Sorocaba, entrou com uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito e também contra o secretário afastado Hudson Zuliani (foto) e o servidor afastado Edmilson Chelles, investigados na Operação Casa de Papel porque está comprovado que ambos continum recebendo os salários da prefeitura, mesmo sem trabalhar. O promotor pede que o pagamento dos dois seja suspenso imediatamente, solicita o bloqueio de bens dos três diz que seguir com o pagamento foi uma “ação entre amigos”, feita pelo prefeito Crespo, porque o governo está envolvido com a hipótese de corrupção sistêmica e, por isso, preferiu “blindar” as principais testemunhas – no caso, os dois. Ambos teriam recebido quase R$ 50 mil nestes três meses. A promotoria pede o pagamento de quase R$ 365 mil.

O que se espera

Aliados da vice, Jaqueline Coutinho, que numa eventual cassação do prefeito assumiria o cargo; adversários do prefeito – entre eles muitos servidores públicos – se animaram com estes dois movimentos entendendo que eles vão colocar pressão nos vereadores, lembrando que na segunda-feira que vem Crespo será ouvido na Comissão Processante e terá mais cinco dias, até 27 de julho, para suas alegações finais. Depois disso, a comissão tem até dia 3 para concluir seu trabalho e a Câmara, se este for o caso, até 4 de julho para votar o relatório da comissão, do contrário será arquivada.

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