Entidades clamam por crescimento sustentável da cidade

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Unidos em defesa dos interesses da comunidade e no cumprimento de suas responsabilidades sociais e técnicas, como instituições civis, o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB) e a Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Sorocaba (Aeas), com o apoio da Associação Comercial, do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e do Instituto Defenda Sorocaba, apresentaram um manifesto público sobre Planejamento Urbano para a cidade.

O documento, apresentado pelos representantes das entidades em coletiva de imprensa realizada nesta semana no auditório da Associação Comercial, pede uma reflexão sobre os caminhos para o crescimento sustentável da cidade, além da criação de um novo Plano Diretor e revisão de projetos de obras.

De acordo com Sandra Lanças, representante do Aeas, o manifesto vem para delinear novas diretrizes de Políticas Públicas, para que a população ganhe melhorias.

Em relação a qualidade de vida dos sorocabanos, Maria do Carmo Soeiro, presidente da IAB, esclarece que o Planejamento Urbano deve visar benefícios para a população de um modo geral. “Nós não queremos prejudicar o crescimento da construção civil na cidade. Porém, é necessário fazer um diagnóstico com especialistas, antes de iniciar os projetos”.

O manifesto, entregue para o prefeito de Sorocaba, José Crespo, e ao presidente da Câmara Municipal, Fernando Dini, alerta para os perigos socioambientais do crescimento desordenado, alta taxa de urbanização e redução das áreas verdes. Para as entidades, o Plano Diretor deve prever a garantia de que as administrações, independente de partidos, darão continuidade naquilo que foi planejado como essencial para o munícipio. As cidades de Maringá, Curitiba e Piracicaba foram citadas como exemplos a serem seguidos.

Entre as propostas apresentadas estão que a Prefeitura realize uma revisão dos projetos de obra que estão vindo a público e aqueles em estudo, com o auxílio de um grupo técnico de alto nível; um novo Plano Diretor baseado em uma política de Desenvolvimento Urbano, sendo um Plano Diretor voltado para as novas gerações e não para as próximas eleições.

Para Sérgio Reze, presidente da Associação Comercial e do Instituto Defenda Sorocaba, o manifesto é um sinal de alerta para os desejos e anseios do futuro. “Estamos à disposição do poder público para auxiliar na elaboração de um planejamento efetivo para a cidade. O Plano Diretor deve ser um instrumento de política de crescimento e não de favorecimento”.

“O manifesto não é contra o poder público e a nenhuma autoridade ou gestão. Não somos contra o desenvolvimento. Somos contra o desenvolvimento desordenado. O momento exige uma pausa para organizar e que entidades se reúnam para contribuir com o desenvolvimento da cidade”, ressalta Erly Domingues de Syllos, diretor titular do Ciesp Sorocaba.

Syllos faz ainda uma reflexão: “o que queremos para Sorocaba daqui 50 anos? Não devemos planejar somente o próximo ano, mas sim, elaborar um planejamento a longo prazo. Junto com o progresso há problemas, que nós devemos estar preparados para enfrentá-los da melhor forma possível”, finaliza.

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