Federal no aeroporto é confundida com Casa de Papel

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Os ânimos dos sorocabanos estão à flor da pele com a Operação Casa de Papel, realizada pelo Gaeco, Polícia Civil e Tribunal de Contas, que visa desarticular uma organização criminosa que estaria atuando dentro da prefeitura de Sorocaba no desvio de dinheiro, cometendo fraudes em licitações e corrompendo agentes públicos.

A prova disso é que a presença de agentes da Polícia Federal na manhã de hoje no Aeroporto de Sorocaba foi interpretada, neste caso erroneamente, como sendo parte de uma nova ação da Operação Casa de Papel, quando na verdade, fazia parte de uma nova etapa da Operação Dédalo, que investiga crimes de perigo à aviação desde 2016.

Operação Dédalo

Na manhã de hoje, 50 agentes da Polícia Federal e 20 fiscais da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) cumpriram dez mandados de busca e apreensão nos Estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo atrás de provas contras os investigados que responderão pelos crimes de perigo à aviação, falsificação de documentos, falsidade ideológica e sonegação fiscal.

Ao todo foram cumpridos três mandados de busca e apreensão em Joinville (SC), um em Rio do Sul (SC), dois em Curitiba, três em Sorocaba (SP) e um em Birigui (SP). Os nomes das empresas envolvidas não foram divulgados.

Os mandados de busca e apreensão envolveram oficinas, residências e empresas. Também foram alvo de busca e apreensão 7 aeronaves sem condições de voo. Essas aeronaves, segundo a Anac, possuem irregularidades documentais e estruturais, que colocam em risco a aviação civil. Não houve prisões.

As investigações começaram em 2016, após denúncia de irregularidades na manutenção de aeronaves e reportagens veiculadas pela imprensa, vinculando essas irregularidades a quedas de helicópteros. Após a instauração do inquérito policial, a PF e a Anac inspecionaram a empresa investigada. Foram apreendidos documentos, peças e aeronaves. Exames periciais e análise dos documentos, além de contatos com fabricantes e autoridades estrangeiras comprovaram indícios de compra de aeronaves sinistradas (salvados), reparo das aeronaves além dos limites permitidos pelo fabricante, uso de registros supostamente fraudulentos e falhas nos controles, colocando em risco a aviação civil.

De acordo com os órgãos públicos, também ficou evidenciada a falsificação de documentos, a não prestação ou prestação parcial de informações aos órgãos de controle, para dificultar ou iludir a fiscalização, além de fraudes fiscais nos processos de importação de aeronaves.

FOTO: em seu site, a Polícia Federal explica que aeronaves sinistradas eram restauradas além dos limites permitidos pelos fabricantes, além da utilização de registros supostamente fraudulentos ou com o aproveitamento de plaquetas e documentação para emprego em outras aeronaves. Também foram detectadas falhas nos controles, colocando em risco a aviação civil

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