Não estou rompida com o prefeito de Sorocaba e nem fiz críticas agudas ao governo Pannunzio, só cobro mais agilidade. Eu queria e quero mais desta administração. A afirmação é da vice-prefeita de Sorocaba em diálogo comigo após a coluna de hoje na rádio Ipanema

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Na coluna O Deda Questão de hoje na rádio Ipanema (FM 91,1Mhz) falei sobre os bastidores envolvendo Edith Di Giorgi, a vice-prefeita de Sorocaba, e secretária responsável pela área social do atual governo. Expliquei que o clima não é dos melhores, falei sobre os fortes comentários dela de insatisfação com o governo Pannunzio e li o trecho do poema O Muro, de autoria da mãe da vice-prefeita, que ela postou em sua página do facebook.
O poema diz assim, em seu trecho inicial:
Sim, o muro ruiu/ Quem te protegia/ Quem te segurava/ Seguiu outro rumo/ Não uis mais ser muro…
Expliquei o que a própria Edith me disse: “É um poema da minha mãe que eu gosto muito, não pensei em nada específico quando escolhi postá-lo,mas inconscientemente não sei. Beijo”.
Enfim, o programa teve desdobramentos com as opiniões do Kiko e isso motivou um questionamento da Edith pára mim: “Me falaram que hoje você comentou sobre o poema, que acho que não tem a ver com a minha situação e nem a situação de Sorocaba. O que vocês querem saber sobre a minha situação? Qual é a “minha situação”, que eu realmente não sei, ou “minha situação em relação a que?”
Eu respondi assim: “(risos). Veja… Na Câmara a aposta é que você deixa a secretaria. Se fala que você queria ser secretária da saúde. Se fala também que um rompimento seu e Pannunzio não será surpresa; que você tem feito críticas agudas ao governo; que voc queria mais; que você tem pretensão de concorrer a sucessão… Falam muito. Eu vou filtrando.”
Edith me respondeu de forma direta: “Não estou rompida com o Pannunzio e nem fiz críticas agudas ao governo, só cobro mais agilidade. Eu queria e quero mais desta administração, como sempre quis mais das anteriores. Não tenho a menor intenção de concorrer à sucessão. Em relação à saúde eu fico muito preocupada mesmo e, se não fosse vice prefeita, pensaria na possibilidade de ser secretária, e acho que seria uma boa secretária, mas nunca cogitei em ser secretária de saúde sendo vice prefeita. Não quero deixar de ser secretária da área social pois prefiro cargos mais técnicos, que é o que eu sou, uma boa técnica com posições políticas claras, posições estas que tenho defendido toda a minha vida, estando ou não em cargos. Quanto a ser vice prefeita, nunca pleitei isto, mas aceitei e tenho me esforçado para fazer o melhor que posso. O poder não me atrai de forma alguma, mas eventualmente posso aceitar concorrer a algum outro cargo, se achar que posso colaborar com a implementação de políticas públicas nas quais acredito, mas volto a dizer que o poder não me atrai. Gosto de ser secretária de Desenvolvimento Social, mas não pedi para ser, foi o prefeito que me pediu para ocupar este cargo, e continuarei a ocupar enquanto ele achar que eu devo. Me divirto um pouco com tanta especulação sobre mim. Dentro do governo,as vezes não concordo com algumas decisões e me manifesto internamente, mas acho que haver alguma discordância é normal em todas as relações, sejam elas pessoais ou profissionais, e nunca tornei, e nem vou tornar pública estas discordâncias. Se outros as tornam isto foge ao meu controle. Se quiser pode tornar pública o que escrevi. Espero ter respondido as dúvidas a respeito da minha posição.”
Bom, está a clareza de um diálogo entre blogueiro e vice-prefeito. A clareza das palavras de Edith explicam muito do que se diz e eu ouço nos bastidores políticos da cidade.
Mas a vida segue normal entre a vice-prefeita e o prefeito Pannunzio. Prova disso é a presença de ambos (foto) no lançamento do programa Nós, da primeira-dama Maria Inês, na sexta-feira passada no Jardim Botânico. O programa Nós é uma iniciativa sociocultural que se propõe a aproximar a comunidade, as instituições públicas, privadas e ONGs, criando parcerias que promovam a solidariedade, tendo como foco a formação e capacitação das pessoas.

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