O Nobel de Literatura, a cultura do machismo e os crimes contra as mulheres

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A Academia Sueca, que teve que adiar o Prêmio Nobel de Literatura do ano passado devido a um escândalo sexual e crime de estupro, concedeu dois prêmios nesta quinta-feira para tentar recuperar seu prestígio: A romancista polonesa Olga Tokarczuk, de 57 anos, levou o prêmio referente ao ano passado; e o escritor austríaco Peter Handke, de 76, o referente a 2019.

Um homem de 35 anos suspeito de abusar sexualmente das filhas foi espancado por moradores no Residencial Carandá, na Zona Norte de Sorocaba , na segunda-feira passada.

Uma jovem de 22 anos foi estuprada debaixo da ponte Francisco Dell’Osso, na avenida São Paulo, em Sorocaba, no último domingo.

Um homem de 40 anos foi preso por esfaquear a companheira no Jardim Saira, em Sorocaba, na quarta-feira.

São milhares de casos no mundo.

São casos envolvendo pessoas de classes sociais, econômicas e intelectuais absolutamente diferentes.

São casos que se resumem na piada que ilustram esta postagem, que recebi nesta semana.

Ao longo da história o sexo masculino foi reconhecido como superior à mulher. E o único modo de mudar isso é combater essa cultura.

Quando alguém pergunta, no caso da jovem de 22 anos estuprada na ponte, o que ela estava fazendo na rua às 3h da madrugada, a hora do fato, está embutida nesta colocação a responsabilização, a culpabilização dela. O que é absurdo. Qualquer pessoa, qualquer, portanto também uma mulher, deve ser livre para andar a qualquer hora em qualquer lugar sem ser importunada.

E a culpa não é da polícia. Aliás, não há polícia suficiente para coibir isso.

A culpa é da cultura.

A educação dos homens deve ser revista e revisitada. Se você riu, achou graça, se reconheceu, reconheceu seu marido no meme que ilustra essa postagem deve parar e pensar com que tipo de pessoa está repartindo a sua vida.

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