Qual sua posição em relação a abertura do comércio em Sororoca?

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A pesquisa “Mudanças de hábitos de compra e consumo do sorocabano” realizada entre os dias 28 de abril a 03 de maio na cidade de Sorocaba pelo Instituto de Pesquisa Ipeso, o mais tradicional da cidade, aponta a mudança de hábito e consumo dos sorocabanos, conforme eu já publiquei aqui.

Um outro elemento que a pesquisa constata é uma divisão no sentimento do sorocabano a respeito do tempo da quarentena (veja o gráfico).

E isso me lembrou uma conversa que tive no começo desta semana com uma amiga querida que quis saber de mim: Qual sua posição em relação a abertura do comércio em Sororoca? 

E fui sincero com ela, como sou com quem me pergunta sobre isso: Sou favorável à reabertura… com máscara, gel, número limitado de pessoas por metro quadrado… Mas, uma coisa é o eu penso. Outra é o que faria se tivesse poder de decisão. 

A vida para mim é muito mais importante do que a bolsa (faço aqui uma alusão à metéfora “vão se os anéis, mas ficam-se os dedos” quando se tem que fazer a opção entre o ótimo e o bom).

Essa minha amiga, que é advogada, me disse: Perfeita sua colocação.

Fiquei feliz.

Prezo muito o que ela pensa.

Ela, por sua vez, me disse: Olha, sou grupo de risco, moro com minha mãe que está perto dos 90 anos e já perdi 5 pessoas por conta desse vírus. Assim prefiro estar viva. Óbvio que temos a questão mercantil para pensar, mas o grande problema é que a população é deseducada demais para atender regras e isso é cultural nesse nosso país.

Victor Trujillo, diretor do Ipeso, ao interpretar o gráfico, alerta: “Os sorocabanos temem que as restrições sejam mantidas por um período prolongado demais. Porém, os que estão em férias, com contrato suspenso ou trabalhando em casa pensam diferente”. 

Um vídeo que recebi hoje como sendo uma ocorrência dentro de um ônibus na avenida Itavuvu, mas que confirmei que não foi aqui em Sorocaba, mostra um homem esfaqueando outro que entrou no coletivo sem máscara.

Parei num mercado no Jardim Tropical, extremo Oeste de Sorocaba, e nada ali indicava que passamos por uma pandemia. A máscara no meu rosto (bom, acho que foi isso) fez com que todos me olhassem com muito estranhamento.

Vereadores, pré-candidatos a prefeito de Sorocaba, desmedidamente, gravam vídeos alarmistas com o intuito de passar uma mensagem que, confesso, ainda não consegui captar bem qual é. A não ser que estão se afundando em descrédito.

Falando nisso, a demissão do ministro da Saúde, que menos de um mês depois pediu para sair para não colocar sua reputação de médico em jogo por causa da teimosia do presidente em torno da tal Cloraquinha, mostra, mais uma vez, o caráter daquele que deveria dar o bom exemplo, o de equilíbrio, bom senso e responsabilidade.

A vida acima de tudo. Talquei!

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