Sindicato dos Médicos reafirma ser contra a terceirização das UPHs e PAs e reage à preferência da prefeitura pelo padre Flávio para assumir essas gestões: não desvie o foco da Santa Casa

Compartilhar

EduardoVieiraEm postagem anterior, afirmei que o presidente do Conselho de Administração da Irmandade da Santa Casa de Sorocaba, padre Flávio Miguel Júnior, conseguiu em um mês, desde que assumiu o comando da Santa Casa, devolver a credibilidade ao gerenciamento da instituição que desde 2013 enfrentou problemas e, por isso, passou a ser o preferido da Prefeitura de Sorocaba para assumir os serviços médicos e de laboratório que estão em estudo para serem terceirizados nas áreas de urgências e emergências e que hoje são feitos por funcionários públicos. Não há nada de oficial neste sentido, mas nos bastidores se ouve que uma conversa nesse sentido já foi realizada entre o secretário da Saúde, Ademir Watanabe, e o padre Flávio.

O Sindicato dos Médicos, presidido por Eduardo Luís Vieira, a quem tenho dado espaço para se manifestar desde o começo deste mês, quando se intensificou nos bastidores a intenção e o avanço dos estudos para a terceirização das UPHs (Unidades Pré-Hospitalares) da Zona Norte e Zona Oeste e os PAs (Pronto Atendimentos) como dos bairros Laranjeiras e São Guilherme, voltou a se manifestar. Primeiro, reafirmando ser contra a terceirização e, também, dando conselho para que o Padre Flávio não desvie o foco da Santa Casa.

Leia a íntegra do que afirma o presidente do Sindicato dos Médicos:

Deda, li no seu blog que existem especulações em torno de que a Irmandade da Santa Casa seja a entidade preferida para assumir as terceirizações de UPHs e UPAs. Primeiramente, penso que o Padre Flávio é uma pessoa que obteve uma grande façanha, que era devolver a credibilidade à Santa Casa. Creio que ele está fazendo um belíssimo trabalho e não vejo razão para ele desviar o foco da reconstrução da Santa Casa para assumir serviços que não deveriam ser terceirizados, como Unidades de pronto atendimento ou de urgência e emergência, o que contraria a Constituição, que diz que o serviço deve ser feito pelo município ou pelo estado e também o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado pela Prefeitura e o Ministério Público, que impede a terceirização de unidades já em funcionamento.

Se eu pudesse dar uma sugestão ao padre Flávio, em quem vejo uma imensa vontade de acertar e também ao prefeito Crespo, seria: que a prefeitura reabrisse o PA da Zona Leste na própria Santa Casa como era antes de 2013 e que não se ampliasse ainda mais o processo de terceirização do SUS.

Comentários