Vereador sofre novo revés na representação contra secretário e vai virar alvo da OAB

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O vereador Crespo apontou um suposto exercício ilegal de advocacia por parte do secretário de Governo e Segurança Comunitária da Prefeitura de Sorocaba, João Leandro da Costa Filho, em pelo menos 10 ações judiciais, movidas antes e depois dele ingressar no Paço. O promotor de Justiça Orlando Bastos Filho arquivou a representação e no despacho de 11 páginas é taxativo em afirmar não haver indícios ou provas capazes de fazer com que a representação seja acatada. Ainda no documento, Orlando Bastos desqualifica a desconfiança de Crespo e sugere, inclusive, que tal ato pode ser configurado como “flagrante constrangimento ilegal de cidadão representado”.

Tudo isso já era conhecido desde janeiro. A novidade veio à tona há uma semana. Primeiramente que Crespo recorreu ao próprio promotor para que ele fizesse a revisão de sua análise a acatasse sua representação contra o secretário. Orlando Bastos não se comoveu e manteve sua decisão inicial. Inconformado, Crespo recorrer à corregedoria do MP em São Paulo para que obrigasse o promotor a acatar sua representação e novamente Crespo sofreu revés. Ou seja, perdeu pela terceira vez.

Mas por ironia do destino, João Leandro obteve cópia de ação em que Crespo, no exercício de mandato de vereador, assina ação contra a Prefeitura de Sorocaba. Ou seja, ele é flagrado no crime em que ele, na representação, acusa o secretário de ter cometido. Ao invés de ir à justiça, a tendência do secretário João Leandro é levar o caso à comissão da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção Sorocaba. Se a OAB identificar que há mesmo o exercício da advocacia de um agente público contra um organismo público (esse é o crime, afinal a lei impede isso), Crespo corre o risco de alguma punição em sua atividade como advogado.

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