Cena da cidade

  • Folhas de louro

    Folhas de louro

    Na banca de tempero da Raquel, eu ouço a pergunta: E espanta marido, tem? A Raquel, há dois anos, deixou sua banca, embora o nome tenha ficado, para sua nora. Foram mais de trinta anos acordando de madrugada tivesse chovendo, fazendo frio, feriado…  Essa é a rotina de qualquer feirante, essa instituição milenar cujo o…

    Leia mais…

  • Vergonha daqui 

    Vergonha daqui 

    Estava comendo pastel de palmito na banca do Mercado Municipal na manhã de sábado quando fui abordado por uma senhora: Você é o dono do portal…? Eu disse que não. Ela ficou desenxabida e sua voz perdeu completamente a vitalidade: Achei que era… Quando ela estava de costas, voltou-se a se virar para mim e…

    Leia mais…

  • As nossas cores

    As nossas cores

    Hora do almoço e o movimento na livraria é quase nenhum. Para ser exato, é de um. O meu. O único freguês.  São três vendedoras. Todas brancas. Uma jovem perto dos 30 anos, que pinta o cabelo todo enroladinho de vermelho, toma conta da seção de brinquedos, uma das mais lucrativas da loja. Outra jovem,…

    Leia mais…