O ataque contra Bolsonaro provocou uma série de reações entre os sorocabanos. Rapidamente foram criados memes dando conta que ele levou 6 pontos e passou Alckmin; depois que ele pontuou mais que o Corinthians nas últimas duas semanas; outra de um brinquedinho que leva facadas até pular…
Outro tipo de reação ao ataque foi de tensão. Eu me incluo neles. Acho que se Bolsonaro morrer (o que ainda era algo possível enquanto escrevia este texto) o Brasil vai enfrentar um terrível período de exceção, as eleições serão canceladas e um reencontro de nossa nação, num povo irmanado, estará adiado por décadas. O ódio será acentuado. Sinto-me completamente deprimido.
Um amigo, que é eleitor de Bolsonaro e faz insistentemente propaganda para ele, em um grupo do qual faz parte um outro que faz insistentemente propaganda para o Geraldo Alckmin, me perguntou: Deda, você acha que candidatos que tenham feito propaganda política com tiros e violência perde pontos com este ato de agressão ao futuro presidente?
Está claro que ele queria uma resposta para atacar o candidato tucano. Mas fui pragmático: Acho que se for provado que é o que parece (atentado) Bolsonaro se dará muito bem. Mas se provada alguma farsa, ele perde tudo. Em Sorocaba, em 2004, o escritório do então candidato Crespo foi alvejado com tiros. Num primeiro momento ele cresceu e depois o marketing do seu adversário deixou na dúvida se havia sido mesmo um atentado ou o próprio candidato teria provocado aqueles tiros e ele despencou. Era o ano de 2004 e a propaganda de TV tinha força para influenciar o eleitorado. Hoje é rede social e Bolsonaro está dando de lavada em seus adversários no seu uso.
Mas um ponto é fato: a verdade sempre prevalecerá.