O prefeito Crespo demitiu o secretário da Educação, Mário Bastos, na tarde de quinta-feira, e pediu a instauração de um inquérito administrativo para apurar denúncias que chegaram contra ele. A explicação para seus dois atos foi direta: “O que me levou a tomar essa decisão foi a quebra de confiança em relação ao secretário na condução da pasta. Não dá para mantermos uma equipe coesa e entusiasmada sem a confiança”.
Mário Bastos estava no governo Crespo desde o início (ele já tinha passado por outras duas secretarias) e teve participação ativa em todo o processo da campanha eleitoral, portanto, cabe sim uma explicação mais detalhada: o que o secretário fez que levou o prefeito a perder a confiança nele? Qual denúncia contra ele chegou ao prefeito?
As respostas a essas perguntas são direito da sociedade saber.
Além disso, a demissão que foi comunicada às 19h58 de quinta-feira já havia sido ventilada desde o período da manhã daquele dia. Ou seja, o que aconteceu entre o final do expediente de quarta-feira e a manhã de quinta-feira?
Explicações como o relacionamento de Mário Bastos com adversário pouco ajudam a esclarecer, uma vez que poderia ter demitido ele antes ou hoje, na volta do feriado. Obviamente que o prefeito soube de algo que fez com que se sentisse traído. O que?
Mário Bastos, por sua vez, poderia também se posicionar, mas não atendeu a contato feito por este blog.
Dizer que o prefeito perdeu a confiança no seu secretário apenas estimula a imaginação de quem gosta de propagar fofocas. Uma resposta mais objetiva é necessária para se colocar um fim a qualquer especulação, ainda mais quando a demissão dele vem acompanhada da seguinte decisão: além de demitir o secretário, o prefeito determinou à Corregedoria Geral do Município a apuração de denúncias que recebeu contra o secretário, o que provocou a instauração de processo administrativo.