Sorocaba confirmou 26 casos de febre Chikungunya ao longo de 2017, de acordo com dados da Secretaria de Saúde de Sorocaba, e, em apenas 9 meses, até o dia 2 de outubro, já registrou 28 casos. Ou seja, faltando 90 dias para terminar o ano, já são 2 casos a mais da doença no município do que todo o ano passado.
Em virtude disso, o sinal de alerta acendeu na prefeitura e a secretária da Saúde, Marina Elaine Pereira, decidiu a antecipar “a missão de promover a prevenção e conscientização da população para que no futuro não precisemos remediar, como foi o caso da epidemia de dengue em 2015” – naquele ano a notificação dos casos de dengue chegaram perto dos 70 mil casos.
Mesma estratégia
A conscientização e sensibilidade da população sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti, que é o transmissor das doenças Dengue, Chikungunya, Febre Amarela e Zika, segue sendo o foco da Prefeitura de Sorocaba. Vem ano e vai ano, vem governo e vai governo e essa luta pela “conscientização” e “sensibilidade” da população segue sendo a estratégia para se evitar uma epidemia dessas doenças.
Ficam as perguntas: não há nada mais a ser feito? Não há outra estratégia? Sorocaba seguirá refém de um mesmo modo de combate as referidas doenças que se mostra ineficiente (os dados de aumento dos casos de Chikungunya mostra isso)?
Kit laboratoriais
A médica e gestora da Vigilância em Saúde, Priscila Helena dos Santos, confirmou que até o dia 2 de outubro, Sorocaba registrou 26 casos de dengue, sendo 22 autóctones e quatro importados; 28 casos de chikungunya, sendo 26 casos autóctones e dois importados; cinco casos importados de febre amarela e nenhum caso de zika.
Segundo Priscila, “a preocupação é sobre o crescente número de casos de chikungunya e por isso a população deve se alertar para combater os criadouros”. Ela disse que os técnicos da Secretaria de Saúde possuem um olhar diferente para identificar a chikungunya, pois o diagnóstico pode ser confundido com a dengue e “para que possamos apurar de forma eficiente, fizemos compra de kits laboratoriais, pois o Estado não fornece”, explica.
Trabalho de campo
A bióloga e supervisora da Zoonoses, Juliana Mome, apresentou todas os trabalhos realizados pelo setor, como a Avaliação de Densidade Larvária (ADL), remoção e bloqueio de criadouros, visita casa a casa, entre outros. “A Divisão de Zoonoses trabalha todos os dias do ano. Muitas pessoas pensam que o nosso setor atua apenas no verão, mas o trabalho é feito de forma empenhada o tempo inteiro. Mas só o nosso trabalho não é o suficiente, precisamos da conscientização da população para eliminar os criadouros”, salienta a bióloga.