Natal mais gordo

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Quando eu era criança, ser gordo era sinal de prosperidade, de estar bem de vida, de estar vivendo em abundância. Nos últimos tempos, gordo virou ofensa. Na Espanha, Madri fica paralisada na véspera de Natal para o madrileno ver na TV o sorteio do El Gordo, a loteria que paga o maior prêmio anual naquele país.

Enfim, me lembro dessa palavra, gordo, para dizer que o sorocabano teve um Natal gordo. Mais do que no ano anterior.

Primeiramente, foi uma percepção minha de que havia mais lixo nas calçadas das casas. Fato confirmado em dados oficiais: Em Sorocaba, em dezembro de 2018, foram recolhidas 17mil toneladas de lixo ao aterro (17.450 para ser exato) enquanto em dezembro de 2017 foram recolhidas 16.300 toneladas.

Historicamente, nos últimos anos, em média, por dia, Sorocaba produz 500 toneladas de lixo, ou seja, 15 mil toneladas por mês. Por causa das festas de fim de ano, a quantidade de lixo produzido no mês de dezembro aumenta cerca de 10% em comparação aos outros meses do ano. Por isso em dezembro passado pulou para 16 mil toneladas. Neste ano, além do crescimento habitual subiu ainda mais cerca de 7%. Daí minha conclusão: o sorocabano teve um Natal Gordo.

E que lixo é esse?

Essencialmente, mais embalagens: de presentes, de comida, de produtos. O sorocabano seguramente comeu e bebeu mais e também deu e recebeu mais presente.

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