A vereadora Iara Bernardi (PT) – que tomou a iniciativa de coletar assinaturas para a abertura das investigações da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os voluntários que atuam na Prefeitura de Sorocaba – e a vereadora do PSOL, Fernanda Garcia, que será a relatora da CPI, escolheram o secretário de Comunicação e Eventos da Prefeitura, Eloy de Oliveira, para ser o primeiro convocado a prestar depoimento sobre o caso. “Ele foi escolhido porque as denúncias que pairam sobre Tatiane Polis, o principal pivô da nova crise do Paço, são de que suas ações como voluntária irregular davam-se prioritariamente na pasta de Comunicação”, disse a assessoria da vereadora Iara Bernardi.
Mas a decisão de primeiramente chamar Eloy de Oliveira pode não ter sido tão aleatória assim. A informação dada por este blog, de que o gerenciamento financeiro do contrato de R$ 20 milhões com a agência de publicidade da Prefeitura foi tirado da pasta de Comunicação pelo prefeito Crespo e alocada na chefia do seu gabinete, com Carlos Mendonça, pessoa de sua confiança e amigo de longa data de Tatiane Polis, é o que estaria por trás dessa decisão.
A desconfiança da CPI é de que por trás dessa atuação de Tatiane Polis, acusada pelos membros da CPI de “assédios morais, intimidações, tráfico de influência e prejuízos ao erário público” esteja, na verdade, uma disputa de poder entre Tatiane e Eloy pela administração desse contrato de R$ 20 milhões entre a prefeitura e a agência de publicidade.
A CPI também decidiu pela convocação de Carlos Henrique Mendonça, chefe de gabinete do Poder Executivo, e Suelei Gonçalves, da Sias (Secetaria de Cidadania e Participação Popular), pasta responsável pelos contratos de voluntários. Os depoimentos deverão ocorrer na próxima terça-feira (19), em oitiva da CPI após a sessão ordinária.
Além de Iara e Fernanda, os demais membros da CPI são os vereadores Renan Santos, Francisco França, Hélio Brasileiro, Rodrigo Manga e Péricles Régis.