Os vereadores da Comissão Processante que analisam crime de responsabilidade e quebra de decoro do prefeito Crespo em relação às denúncias em torno de funcionários voluntários da Prefeitura de Sorocaba, especialmente Tatiane Polis, conseguiram fazer a notificação oficial da investigação na manhã de hoje. Eles passaram a semana passada tentando notificar o prefeito (leia postagem anterior).
Crespo recebeu em sua sala os vereadores Nenê Silvano, Rafael Militão e Hudson Pessini (membros da Comissão Processante) e os aguardava junto do seu advogado pessoal, Márcio Leme, do secretário de Gabinete Central, Eric Vieira, e do secretário de Relações Institucionais, Flávio Chaves.
O que poderia ter sido um encontro difícil pelo tema (o prefeito considera um equívoco a Comissão Processante), pelo fato de o prefeito não ser localizado e pelas circunstâncias constrangedoras que envolvem o risco de se perder um mandato, acabou sendo um encontro de tranquilidade. Este é o termo que ouvi de pelo menos três pessoas que tiveram acesso a quem esteve na sala no momento da notificação.
Muito deste clima de paz e harmonia coube ao secretário Flávio Chaves. Logo que os vereadores chegaram, ele fez a piada: “Puxa, vocês demoraram, o prefeito ficou aqui à espera de vocês desde terça-feira passada…” Foi uma gargalhada geral.
Embora tenha sido criada no dia 25 de abril, o prazo da Comissão Processante começa a contar a partir da notificação, ocorrida hoje, o que dá o prazo de dez dias (até o dia 16 de maio, portanto) para o prefeito encaminhar sua defesa aos vereadores sobre as acusações que estão lhe sendo feita.
As acusações, que partiram do presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da cidade, Salatiel Hergesel, e é baseado nas informações do relatório parcial da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Voluntariado, acusam Crespo de ter praticado crime de responsabilidade, improbidade administrativa e infração político-administrativa.