Os processos de Crespo contras as pessoas que o chamaram de louco, por decisão da justiça, tiveram decisão favorável a ele pela mesma razão: todos os condenados (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Sorocaba, o seu presidente Salatiel Hergezel e agora o ativista de rede social Fábio Grão) excederam a crítica política que fizeram contra o prefeito proferindo ofensas de cunho pessoal e atacando diretamente a sua dignidade e decoro.
Perguntei ao advogado do prefeito, Márcio Leme, por que ele fica tão bravo quando o chama de louco e ele disse que Crespo “não fica bravo, mas a sua compreensão é que não dá para silenciar frente a esses ataques pessoais, que objetivam atingir a dignidade dele enquanto pessoa”. Vale lembrar que tanto Grão, quanto Hergezel são declaradamente adversários e opositores políticos de Crespo.
Os apelidos, o bullyng, as brincadeiras sempre existiram em nossa sociedade e, o meio mais difundido para se defender dessa jocosidade, sempre foi nunca achar graça ou se mostrar irritado com o apelido, pois isso só aumentava o problema. O que as mães diziam aos seus filhos? Apenas virem as costas e saiam da presença do idiota. O importante era sempre ignorar completamente de forma fria e deixar a pessoa falando sozinha. Não tem coisa pior que ficar parado com ar de boboca e cara de tacho.
Mas em tempos de conectividade instantânea via redes sociais, essa estratégia está sendo revista, pois não dá para ignorar o que é dito a milhões, ou ao menos, milhares de pessoas. Crespo tem razão, em minha opinião, afinal se pegar nele a pecha de louco ficará mais difícil que algum eleitor escolha ele na hora do voto. E pergunto: Hergezel e Grão têm alguma razão ou é apenas estratégia de desconstrução da imagem de um potencial adversário político?
Desde todo o imbróglio que levaram a cassação do seu mandato em 2017, Crespo é alvo de memes em redes sociais.