O Boletim Epidemiológico Nº 15, divulgado pela Secretaria da Saúde nesta sexta-feira (19 de julho), com dados elaborados pela Vigilância em Saúde de Sorocaba, traz dados referentes aos casos de arbovirose (dengue, chikungunya, zika e febre amarela) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Influenza e sarampo, ligando o sinal de alerta e necessidade de prevenção.
996 casos de Dengue
De acordo com a SES, Sorocaba registrou 996 casos confirmados de dengue (856 autóctones, 98 importados e 42 indeterminados), 64 de chikungunya (56 autóctones, 4 importados e 4 indeterminados) e um caso importado de febre amarela, infectado na cidade de Cajati. Nenhum caso de zika foi registrado. Não há óbitos na cidade por conta dessas doenças.
4 mortes por H1N1
Em relação aos casos de influenza, em 2019, foram confirmados 15 casos de SRAG. Houve quatro óbitos por Influenza A(H1N1) em dois pacientes do sexo masculino, com média de idade de 38,5 anos (32 e 45 anos), e em duas mulheres de 56 e 87 anos de idade. Não há informações se os pacientes foram ou não vacinados contra Influenza.
Sarampo chegou aqui
A Secretaria da Saúde (SES), por meio da Vigilância Epidemiológica Municipal, identificou três casos autóctones confirmados de sarampo em Sorocaba. Diante destas confirmações, ações de bloqueio foram realizadas de forma empenhada por equipes de saúde com o objetivo de identificar todas as pessoas que tiveram contato com os pacientes no período de transmissão.
De acordo com a SES, os três casos aconteceram em pacientes do sexo masculino nas respectivas idades: 7, 32 e 9 anos. O primeiro caso foi confirmado no dia 24 de maio na região do Campolim. Já o segundo foi no dia 5 de julho na Vila Helena e o terceiro na última quarta-feira (17) no bairro Barcelona. Os pacientes já se encontram em alta e não precisaram de internação hospitalar. O período de transmissibilidade do sarampo inicia-se cerca de cinco dias antes do exantema (vermelhidão no corpo) e dura até cerca de cinco dias após seu aparecimento.
O sarampo é uma doença viral aguda, altamente contagiosa, que cursa com febre, tosse, coriza, conjuntivite e manchas no corpo. A transmissão do vírus do sarampo é direta, de pessoa a pessoa, por meio das secreções nasofaríngeas expelidas pelo doente. O período de incubação é de uma a duas semanas.
A principal medida para evitar a introdução e transmissão do vírus do sarampo é a vacinação da população suscetível, aliada a um sistema de vigilância de qualidade e suficientemente sensível para detecção oportuna de qualquer caso suspeito de sarampo.
A secretária da Saúde, Kely Schettini, afirma que não há motivo para pânico por parte da população. “Desde que a Vigilância Epidemiológica Municipal toma ciência da suspeita, imediatamente diversas ações foram e estão sendo realizadas em parceria com nossas Unidades Básicas de Saúde para a prevenção do agravo”, orienta.
Vacinação
Vale ressaltar que a vacinação de rotina contra sarampo é indicada a partir de um ano de idade. Pacientes até 29 anos são considerados como adequadamente vacinados após terem recebido duas doses da vacina. Demais adultos nascidos a partir de 1960 deverão ter comprovado apenas uma dose da vacina. É considerado suspeito de sarampo todo paciente que independentemente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema maculopapular acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite.