Na madrugada do dia 3 de agosto os vereadores sacramentaram a cassação do mandato do prefeito Crespo e a vice, Jaqueline Coutinho, desde então, assumiu o comando do Poder Executivo de Sorocaba.
Um mês depois, ela tem sentido o peso do cargo e, principalmente, a diferença dos atuais 30 dias quando comparados com os 43 dias em que ficou prefeita na primeira cassação de Crespo, em 2017, quando era começo de governo e ela montou uma equipe de coalização com representantes de praticamente todos os partidos da Câmara.
Neste mês, me explica pessoa que conhece bem a Câmara e Prefeitura, o ambiente é outro. É ano pré-eleitoral, parece corrida do ouro, me diz.
Como assim, eu pergunto?
E a pessoa, desconfiada, me fala: você sabe.
Eu digo: Não, não sei. As pessoas acham que eu sei, mas não sei.
E ela, então, responde: os vereadores querem cargo. Quer que eu fale a verdade?
E eu digo, sim, quero.
E essa pessoa, com a sinceridade que apenas o anonimato permite, me diz: Esses vereadores parecem gafanhotos. Tão pouco se lixando para a cidade ou para o que quer que seja. São gafanhotos…
Obviamente que conto isso tudo por que é de interesse público, ou seja, do cidadão, conhecer esses bastidores, esse ambiente de pressão que vive a pessoa pública.
O que é um gafanhoto
Só para explicar, o gafanhoto é considerado uma das piores pragas da agricultura e causa danos em áreas muito grandes. Os gafanhotos só são nocivos por andarem em bandos, ou seja, um gafanhoto sozinho não faz mal. O governo brasileiro gasta anualmente cerca de um milhão de dólares em inseticidas químicos para controlar o gafanhoto. Mudanças no ambiente, em geral, fazem com que mais gafanhotos nasçam.
Ainda, vale a lembrança, das 10 pragas do Egito, o gafanhoto é a 8ª delas. Está no Livro de êxodos no Antigo Testamento.