O processo licitatório para a contratação de energia elétrica no Brasil, proveniente de empreendimentos de geração via pás eólicas, acontece com um ano de antecedência do início do fornecimento dessa energia por parte dos seus fornecedores.
Assim, o governo federal programou neste ano de 2019 leilões com previsão de início de fornecimento de energia em 2023, outro com entrada em operação em 2024, outro em 2025, um outro para 2026 e ainda um para 2027.
Todos com participantes estão com usinas já estabelecidas, ou seja, e sem previsão de ampliar os seus parques. Ou seja, faltam compradores para empreender e expandir esse mercado no país.
A consequência dessa política nacional atingiu em cheio Sorocaba. Ela começou a ser percebida em maio – quando 90 trabalhadores foram demitidos – e foi consolidada no início dessa semana: A Wobben Windpower Indústria e Comércio Ltda encerrou a produção de pás eólicas e geradores em Sorocaba e demitiu mais 370 trabalhadores de sua unidade local.
Sua concorrente, a Tecsis, foi a primeira do setor a quebrar. Depois de ter mais de 7 mil funcionários, fechou as fábricas de Sorocaba e reabriu em fevereiro uma planta com mais de 400 trabalhadores para atender o mercado externo, mais especificamente o dos Estados Unidos onde o investimento na produção da energia a partir do vento é crescente.