Vítima do Covid 19, morre Gáspari “o cérebro” do Sindicato dos Metalúrgicos

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Carlos Roberto de Gáspari, metalúrgico, sindicalista e ex-gerente da Ceagesp (Companhia de Entrepostos Gerais do Estado de São Paulo) morreu na madrugada de em Sorocaba , aos 61 anos de idade, vítima de Covid-19, segundo relato da família. Por conta da doença, não haverá velório.

Gáspari foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba por dois mandatos (1992/1995 e 1995/1998). Ele começou a trabalhar em indústrias metalúrgicas em 1976. Durante a primeira metade da década de 80, antes de se tornar dirigente sindical, foi eleito vice-presidente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e coordenador da comissão de fábrica dos trabalhadores da Pirelli Cabos.

Antes de assumir a gerência do Ceagesp Sorocaba, exerceu seu segundo mandato como presidente do Ceadec (Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento, Emprego e Cidadania), ONG que atua no suporte às iniciativas voltadas para a economia solidária.

Importância de Gáspari

Para entender a sua importância, vale a pena ler o relato do ex-deputado estadual Hamilton Pereira (PT), que por cinco mandatos consecutivos atuou na Assembléia Legislativa paulista: “Hoje é um dia de tristeza para quem, como nós, conhece e conviveu com essa Grande Alma, o companheiro, amigo-irmão, o querido Gáspari. Nos conhecemos no início dos anos 1980 e ingressamos juntos com outros(as) valorososos(as) companheiros(as) no Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba, na chapa do “Zé do Aperto” em 1986. À partir daquele ano nossa convivência se tornou intensa; nas assembléias de trabalhadores, nas eleições sindicais e partidárias, nas greves, na construção da CUT e do PT, nas reuniões de diretoria onde o Gáspari sempre se destacou por sua personalidade de organizador, estrategista e planejador nato. O Bolinha era o coração, o senso de direção, o discurso, a eloquência; o Gáspari era o cérebro, o plano, a disciplina e a visão de futuro. Como disse Bertold Brecht: Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e são melhores; há os que lutam muitos anos e são muito bons. Ah! Mas há os que lutam toda a vida e estes são imprescindíveis!”

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