A eleição é daqui 20 dias e é nesta reta final da campanha que os eleitores começam a se dar conta do compromisso que terão de cumprir no dia 15 de novembro.
E o que percebo é que os meios de comunicação, em particular os mais tradicionais como a TV TEM e o jornal Cruzeiro do Sul, além de instituições como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Uniso (Universidade de Sorocaba) terão forte impacto no resultado de quem será o próximo prefeito de Sorocaba.
Eram os veículos que comunicação, até o pleito de 2016, portanto a última eleição municipal, quem tiravam dinheiro do próprio negócio e contratavam pesquisas eleitorais. Elas são importantes instrumentos para que o cidadão decida o que fazer com o seu voto.
São os veículos de comunicação, junto de diferentes instituições, quem organizavam debates e faziam com que os candidatos, desnudados do marketing, se mostrassem aos eleitores.
Sem debate e sem pesquisa, veículos de comunicação e instituições, falham de modo grave contra a cidadania.
O tempo vai mostrar as consequências disso para a cidade como um todo, mas particularmente para eles próprios, veículos e instituições.
Pesquisa e debate são instrumentos que ajudam a construir e sedimentar os pilares da credibilidade de veículos e instituições.
A pandemia e o momento econômico (os veículos de comunicação estão sofrendo com suas piores receitas comerciais da sua história) ajudam a explicar essa equivocada decisão da não promoção de debate e pesquisa. Mas a cidadania não quer saber de explicação, justificativa ou qualquer outra argumentação.
A verdade é que o modelo oficial de campanha não permite que o cidadão tenha acesso a quem o representa. Esse modelo favorece ao poderio econômico, ou seja, quem mais aparece tende a ser mais lembrado. E, como não existe nada de graça, quem “investiu” algum dinheiro em algum candidato espera no mínimo reaver o que gastou.
Veículos de comunicação e instituições, quando investem em pesquisa e debate conseguem obter credibilidade como retorno. Com a campanha embicando na reta final, o que se sabe é que a decisão está tomada: chegaremos no dia da eleição sem pesquisa, sem debate. Uma pena!