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O pedreiro solucionou o problema que levava água da chuva para a sala da minha casa em menos de uma hora de trabalho. 

Ele fixou uma telha térmica na outra, acreditando que no temporal ou tromba d’água elas se levantavam dando condições para a água se acumular na laje. Achei plausível uma vez que na chuva, incluindo a de grande volume, sem vento, não houve problema.

A tempestade de ontem foi um bom teste. Tudo esteve como sempre na sala de casa. Ainda bem…

Não que eu seja a Poliana, aquela que acha tudo lindo, bom e exala otimismo, mas a água na minha sala me proporcionou um bem-estar que há muito eu não sentia comigo mesmo. 

Vou explicar. 

O balde embaixo da água que descia pela lâmpada era a solução desse problema. Prático e óbvio. Assim deve ter sido desde a primeira goteira centenas de anos atrás. Não vejo como deixar esse método mais eficiente.

O problema era a água que descia da tomada e escorria pela parede, onde não era possível pôr um balde. E toca puxar a água do chão com rodo… Parecia o Mito de Sísifo com sua jornada morro acima com a pedra.

Então… com o cabo do rodo fixei a ponta de uma toalha embaixo da tomada e a outra ponta no balde. A toalha se mostrou excelente condutor daquela água…

Senti um orgulho de mim.

Se aquele mecanismo não era a prova de que não sou completamente estúpido, nada mais seria. E me senti tão bem comigo mesmo… por uns 7 minutos. 

Então voltei à pasmaceira do meu cotidiano. Mas dessa vez com MacGyver na memória. Lembram dele? MacGyver é aquele que resolvia problemas complexos ao criar soluções a partir de objetos comuns. Foi a série de TV da minha pré-adolescência.

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