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O que torna um começo diferente dos anteriores é o sentido a ser dado à sequência de dados desencadeados a partir do tiro de largada desse novo começo.

O Lula 3 considera a subida da rampa e o recebimento da faixa, fatos ocorridos domingo passado, o tiro de largada e assim proclamou aos aliados que saíssem propagando. E isso foi feito. Manchetes do tipo “Em uma semana de novo governo o Brasil volta a viver em clima de democracia” ou “88% das pessoas saíram da porta dos quartéis”. A idéia era vencer pelo discurso.

O que se viu em Brasília na tarde deste domingo joga por terra essa estretégia.

A invasão dos prédios do congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal) foi tão primário que minha benevolência tende a achar que era isso mesmo que o governo queria, ou seja, a invasão, a quebradeira, o ultrapassar o limite para ter a opinião pública ao seu lado. 

Os atos são tão ridículos que mesmo os eleitores de Bolsonaro não os apoiam. É uma espécie de dar corda para o bolsonarismo se enforcar.

Penso que se fosse um dia de trabalho em Brasília, com os parlamentares e juízes em suas casas, nada disso teria ocorrido. Mas é só uma suposição.

Se chegar amanhã, segunda-feira com os terroristas tendo conseguido se manter nos prédios invadidos a opinião pública vai começar a desconfiar da força e capacidade de comando do governo Lula. Se atos, por exemplo, ocorrerem em outros centros dos país, a situação será ainda pior.

Não é o caso de explicar que Brasília tem um prefeito (governador distrital) e cabe a ele a segurança.

É o caso de agir. De prender. De julgar. De condenar, dos termos da lei, quem é terrorista.

Chega de tratar essa gente de louquinha. Eles, já escrevi a respeito, se pertencem, se reconhecem e defendem a causa na qual estão envolvidas. O slogan “não amola, mané” serviu até o ato de ontem. Qualquer tolerância a partir do que se viu neste domingo vai apenas mostrar a frouxidão do comando político e do judiciário do país.

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