Me sinto um idiota em meio a guerra de narrativas envolvendo o teatro encenado na abertura das Olimpíadas de Paris.
Tenho este sentimento por ter entrado no assunto abordando o fato ali representado. Fato que pouco importa. Manifestações da extrema-direita são cegos em opinar a respeito do que viram, não do fato. A reação da esquerda ganhou a mesma proporção de publicações. É um tomá-la-dá-cá amargo. Por enquanto no âmbito virtual. É intenso o ódio de ambos os lados.
Não vejo diferença deste tema com o que acontece entre Israel e Hamas, por consequência a Palestina, a não ser que neste caso além do virtual há os efeitos no mundo real com sofrimento na carne, não apenas na alma. Há até iminente guerra.
Escrevo tudo isso vendo a TV mostrar o vôlei masculino de Japão e Argentina. O juiz roubou um ponto da Argentina mesmo olhando no VAR. O juiz não viu o que o mundo via? Foi um ponto que mudou o rumo do segundo set e do resultado final. Neste jogo, minha torcida era pela Argentina, me deu uma frustração ver esse “erro”. Logo, pensei no Milei e passei a achar que o melhor mesmo era a Argentina perder, pois se vencer a vitória poderia ser associada ao governo. O que é bobagem. O presidente não é seu povo. Isso vale para Netanyahu e os israelenses. Para Lula, falando asneira sobre a fraude na Venezuela, e o brasileiro.
Não sou parte dessa guerra, não como agente. Mas como um idiota, não há escapatória. Para ninguém há. Quando menos se espera, nos vemos envolvidos numa narrativa ou outra.
Estou cansado disso. Definitivamente esgotado.
Me faz mal, na alma. No corpo, colhidos os resultados dos exames da semana passada, está tudo bastante em ordem. Repetirei tudo novamente em fevereiro do ano que vem. Exercícios, alimentação, escrita, leitura, trabalho, boas relações ajudam muito ao meu bem-estar. Fugir do noticiário também. Não muda nada para mim saber o que pensam os apaixonados por Lula e Bolsonaro não sendo eu seguidor de nenhum deles.