Em janeiro de 2014, um ano após ter assumido a prefeitura de Sorocaba, o prefeito Pannunzio determinou a requisição da Santa Casa e assumiu os salários e gastos do hospital com o objetivo de organizar e reconquistar os médicos, funcionários e principalmente a população. A intenção era comandar a Santa Casa por um ano, mas esse prazo já caminha para completar 3 anos. O prefeito não devolve a administração à Irmandade porque não quer que o comando siga com o provedor José Antônio Fasiaben, cujo a situação no âmbito judicial só vem se complicando desde a requisição. Com um novo provedor, o prefeito devolve. Fasiaben, porém, não sai e se nega há 3 anos a dar entrevistas.
Mas quem pode tirar a atual provedoria da Santa Casa? A resposta imediata seria a justiça a partir de uma ação do Ministério Público. Porém, apesar da quantidade de dinheiro público injetado no hospital e de dúvidas sobre onde foram aplicados R$ 50 milhões, a Irmandade da Santa Casa é uma associação, termo jurídico que impede uma ação do MP que só tem a possibilidade de agir em caso de fundação. Sendo associação, é como se a Irmandade fosse uma empresa privada.
Mas não há solução para tirar Fasiaben do comando da Irmandade?
Há e ela recai sobre a diretoria da Irmandade, ou seja, sobre Ademir Lopes Soares (vice-provedor); José Robélio Belote (1º tesoureiro); Rubens Alberto Bruno (2º tesoureiro); Antônio José Lacava (1º secretário); Mário Rigotti Filho (2º secretário). Além do chamados mordomos: Adhemar José Spinelli Júnior, Carlos Alberto Silva Nunes, Cássio Loureiro Ferrari, Francisco Guerrero Ruiz, Joõ Dias de Souza Filho, Juraci Sanches, Lindolfo Camargo Conceição, Márcio Domingues Ortega Bonassi, Marcelo Tadeu Alves Fogaça, Pedro Silvestrini, Ronaldo Antunes Ferreira, Rubens Alberto Bruni. Também podem agir os membros do Conselho Fiscal Efetivos: André Gogola, Davi Antônio de Oliveira e João Antônio Gabriel. A diretoria da Irmandade ainda tem no Conselho Fiscal Suplentes: Carlos Hinst Corrá, João Paulo Corrêa e Santiago Calvo Ramires.
Basta essas pessoas se reunirem e, cumprindo o estatuto da irmandade, destituírem Fasiaben do cargo de provedor e de ser membro dessa diretoria em qualquer outro cargo. A partir daí o prefeito Pannunzio será obrigado a honrar a sua promessa de devolver a administração da Santa Casa para a irmandade e negociar as condições de repasse de verba para que o hospital funcione com o seu objetivo único: atender o cidadão sorocabano.
Manchetes que explicam a situação de Fasiaben
Abaixo publico algumas manchetes sobre o tema Santa Casa que ajudam o leitor a lembram do caso:
CPI da Santa Casa acusa provedor de crimes e culpa prefeitura por falta de fiscalização (Publicado dia 14/4/2016)
A pedido da CPI da Santa Casa, Justiça Federal determina a quebra do sigilo fiscal dos últimos 17 anos do provedor da irmandade e dos seus familiares (Publicado dia 16/12/2015)
Investigação sobre escândalo da Santa Casa de Sorocaba dá mais um passo e provedor é acusado de usar dinheiro público em fins particulares (Publicado dia 15/12/2015)
Investigação sobre escândalo da Santa Casa de Sorocaba está emperrada no MP há 3 meses (Publicado dia 28/10/2015)
Está claro à polícia que houve lavagem de dinheiro na Santa Casa por parte de Fasiaben (Publicado dia 28/9/2015)