Candidatos a prefeito de Sorocaba reagem aos cortes de verbas públicas e acusam o prefeito de falta de transparência, de diálogo e de gestão para resolver o problema

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Em que pese o prefeito Pannunzio dizer que já cortou R$ 133 milhões em gastos no primeiro semestres deste ano e que necessite cortar mais R$ 86 milhões neste segundo semestre em razão da queda de arrecadação e aumento de gastos devido à inflação e maior procura de pessoas pelos serviços, especialmente da saúde, a barulheira continua grande. Depois do movimento cultural ocupar a Câmara, hoje (11/08) foi a vez dos esportistas fazerem o mesmo (leia a outra postagem). E quem também tem opinião sobre esses cortes são todos os candidatos a prefeito, inclusive o do próprio partido do prefeito, como já publiquei neste blog.

Vejam o que diz cada um:

Raul Marcelo (PSOL) – “Os cortes do prefeito destinam-se, em sua maioria, à cultura e ao esporte. Curiosamente, o decreto dos cortes anunciado no Jornal do Município do dia 5 de agosto é de 14 de Julho de 2016 (Decreto 22.346). Isso mostra que entre a decisão, quando já começou a vigorar o corte, e a publicização, transcorreram 22 dias. Esse é um primeiro problema que temos, as decisões não se dão num ambiente de transparência e diálogo, mas sim circunscritas a um grupo hermético que gravita em torno do Prefeito. Então, em primeiro lugar, entendemos como crítico, não somente os cortes em si, dos quais discordamos veementemente, como a falta de transparência dessa gestão que escondeu a decisão por quase um mês. Já os cortes em si são trágicos e mostram uma gestão sem nenhum comprometimento com os artistas e produtores de cultura sorocabanos e com a população de forma geral, pois abriu um processo seletivo que custou recursos aos cofres públicos e que agora será abandonado.”

Hélio Godoy (PRB) – “Sobre os cortes e desculpas da queda na arrecadação,  quer seja na cultura no esporte, entendo que realmente a prefeitura e seu caixa devem estar muito pior do que o prefeito falou na Câmara em sua última visita ao legislativo em fevereiro. A desculpa da queda não justifica a forma como vem sendo feito os cortes, sem ao menos ouvir os setores. No esporte prejudica andamento de projetos sociais  além  dos campeonatos. Na área da cultura inviabiliza projetos da Fundec e Linc. É possível fazer diferente.”

Glauber Piva (PT) – “Os cortes são a mais clara expressão do jeito autoritário e desrespeitoso desse governo. Quando assumiu a Prefeitura, paralisou tudo sem explicar nada. Foram quatro anos sem capacidade de dialogar, sem disposição a liderar a cidade ou de preparar Sorocaba para os próximos 20 ou 40 anos. Agora, faz cortes absurdos sem respeitar sequer seus secretários mais próximos”.

José Crespo (DEM) – “Tais cortes que estão sendo feitos, em que pese a necessidade que possa existir em razão da crise e queda de arrecadação, expõe, na verdade, a falta de gestão da atual administração. É claro que não dá para negar dinheiro para a saúde, mas não precisava ter chegado a esse ponto, se houvesse capacidade no comando da administração, finanças e planejamento da prefeitura. É isso que precisa mudar”.

João Leandro (PSDB) – “Eu entendo a necessidade de cortes nas despesas da prefeitura, que foram provadas pela crise econômica, sempre é importante ressaltar, mas para mim a preservação de conquistas importantes como a Linc, por exemplo, deveriam ser preservadas. A redução do repasse de verbas é compreensível nesse cenário de grave crise econômica, mas acabar com tudo não se justifica. Todos os envolvidos deveriam ter sido chamados para debater a redução das verbas. Acredito que todos iriam entender e até colaborar”.

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