Em janeiro de 2014, um ano após ter assumido a prefeitura de Sorocaba, o prefeito Pannunzio determinou a requisição da Santa Casa e assumiu os salários e gastos do hospital com o objetivo de organizar e reconquistar os médicos, funcionários e principalmente a população. A intenção era comandar a Santa Casa por um ano, mas esse prazo já caminha para completar 3 anos. O prefeito não devolve a administração à Irmandade porque não quer que o comando siga com o provedor José Antônio Fasiaben, cujo a situação no âmbito judicial só vem se complicando desde a requisição e culminou com sua prisão preventiva no dia 15 de agosto e transferência para o Presídio de Tremebé no Vale do Paraíba onde ele se encontra.
Com um novo provedor, o prefeito assumiu o compromisso de devolver o hospital para a Irmandade.
A Assembléia Geral Extraordinária acontece no dia 29 de agosto às 17h com a finalidade de destituir a atual diretoria e eleição de uma nova.
MP não pode agir em associação. Só em fundação
Mas quem já poderia ter tirado a atual provedoria da Santa Casa? A resposta imediata seria a justiça a partir de uma ação do Ministério Público. Porém, apesar da quantidade de dinheiro público injetado no hospital e de dúvidas sobre onde foram aplicados R$ 50 milhões, a Irmandade da Santa Casa é uma associação, termo jurídico que impede uma ação do MP que só tem a possibilidade de agir em caso de fundação. Sendo associação, é como se a Irmandade fosse uma empresa privada.
Mas não havia solução para tirar Fasiaben do comando da Irmandade?
Há e agora ela será tomada. Com a prisão de Fasiaben e de Ademir Lopes Soares (vice-provedor), que serão destituídos, poderão agir: José Robélio Belote; Rubens Alberto Bruno; Antônio José Lacava; Mário Rigotti Filho e os chamados mordomos: Adhemar José Spinelli Júnior, Carlos Alberto Silva Nunes, Cássio Loureiro Ferrari, Francisco Guerrero Ruiz, Joõ Dias de Souza Filho, Juraci Sanches, Lindolfo Camargo Conceição, Márcio Domingues Ortega Bonassi, Marcelo Tadeu Alves Fogaça, Pedro Silvestrini, Ronaldo Antunes Ferreira, Rubens Alberto Bruni. Também podem agir os membros do Conselho Fiscal Efetivos: André Gogola, Davi Antônio de Oliveira e João Antônio Gabriel. A diretoria da Irmandade ainda tem no Conselho Fiscal Suplentes: Carlos Hinst Corrá, João Paulo Corrêa e Santiago Calvo Ramires.