Como esperado, a Câmara dos Deputados negou o prosseguimento da segunda denúncia de prática de crime comum (obstrução de Justiça e formação de quadrilha) no exercício do cargo contra o presidente graças aos 251 votos favoráveis a ele. Entre os 233 deputados que foram contra Temer estão os sorocabanos Vitor Lippi (PSDB) e Jeferson Campos (PSD).
E na coluna O Deda Questão na manhã de hoje no Jornal Ipanema (FM 91.1Mhz), o âncora José Roberto Ercolin, em tom de indignação, quis saber onde estavam, neste momento, os paneleiros (alusão a quem saiu nas janelas dos bairros nobres de São Paulo para bater panela contra o PT e Dilma nos momentos que antecederam sua cassação).
Comemorando
Preservando a fonte, uma vez que me mandou sua mensagem em grupo fechado, expliquei que os paneleiros comemoraram a decisão dos deputados. Não que eles concordem com os crimes imputados a Temer ou até mesmo que sejam contra qualquer investigação, mas entendem que a vitória de Temer significa o avanço no que eles consideram mais importante, ou seja, as reformas econômicas. Leia o que disse: “Mais uma denúncia foi para o saco de lixo. O que importa é a taxa de juros em queda, está em 7,5%. Importa é que começam as privatizações, tomara que já na semana que vem esta semana. Agora passa a Reforma da Previdência, espero que já no mês que vem. A vitória de Temer significa que começou o conserto do estrago que os anos de PT no Brasil fizeram para os brasileiros”.
Falta estímulo
O jornalista Leandro Nogueira, na escuta da coluna, também se manifestou e sua observação ajuda a entender a pergunta sobre onde estão os batedores de panela: “O batedor de panela e outras manifestações públicas, defendo eu, sempre dependeram de estímulos de lideranças políticas, empresários ou institucionais. Graças aos organismos organizados e financiados é que se cria tais reações sociais. O povo está sim descontente. Mas falta alguma liderança organizada direcionar qual ato em conjunto adotar para a massa seguir. Mas, no momento, não é de interesse, eu acho.”
Temer Inaceitável
Um protesto realizado no Centro do Rio, convocado nas redes sociais, contra o presidente foi batizada de Temer Inaceitável e contou com a presença de artistas e intelectuais pedindo a saída de Temer do cargo. Entre eles, na linha de frente dos protestos, estava a atriz sorocabana Aline Moraes. O ato acabou em confusão com os manifestantes sendo atacados com bombas de gás e gás de pimenta por policiais militares.