Na sexta-feira, 9 de junho de 2017, o deputado estadual Campos Machado visitou a Prefeitura de Sorocaba e se reuniu com o prefeito Crespo, a vice-prefeita, Jaqueline Coutinho, diversos secretário municipais. Na oportunidade foi apresentado ao deputado projetos que estão sendo desenvolvidos pela administração municipal e ouviu demandas locais, quando prometeu buscar recursos para a região. O ex-prefeito Renato Amary também acompanhou a reunião. Campos lidera o PTB da vice e Renato o PMDB que escolheu Crespo para encabeçar a chapa na eleição de 2016.
Pois bem, duas semanas depois aconteceu o que todos sabem e não parou mais.
Preocupado com a piora das investidas de Crespo (nesta sexta-feira ele proibiu a vice de usar a sala e a partir de agora ela terá de recepcionar seus convidados em outro local que não o 6º andar) contra a vice, Campos Machado e Renato Amary tiveram uma conversa mais pesada.
“Precisamos resolver este Estado Islâmico”, teria dito Campos Machado a Renato Amary que concordou. Eles acertaram uma agenda para a semana do dia 22 de agosto quando ambos estarão disponíveis.
E até lá?
Não entendo o prefeito com suas ações e estabeleci um diálogo com uma de minhas fontes dentro da prefeitura. O diálogo deixa claro o nível de desgaste que todos estão vivendo.
– O prefeito quer desestabilizar a vice com essas ações ou algo mais?
– Olha, eu acho que ele quer se desestabilizar. Ele está com a ideia fixa de que ela vai tentar fazer um governo paralelo e quer, de todo jeito, impedir que isto ocorra.
– O problema é que ele está fazendo tudo errado.
– Exatamente, está fazendo tudo errado. Hoje mandou proibir a entrada de visitas dela na sala. Só mais tarde resolveu mudar a ordem. Agora decidiu que estão proibidas quaisquer visitas ao 6º andar sem o convite expresso dele, ou seja, se a vice quiser atender quem ela quiser, terá de descer e achar um local.
– Mas de onde nasceu isso? O que levou ele a agir assim?
– Ele entende que a vice abusou trazendo toda a oposição para dentro da prefeitura. Só faltou o França (PT) e o Raul Marcelo (PSOL).
– Mas ninguém fala ao prefeito que essas atitudes são ruins para ele e para o governo?
– Todos, ou ao menos os secretários mais próximos estão falando para ele isso, mas ele não ouve.
– O nó é que secretários estão se irritando com ele, ou seja, daqui a pouco ele perde gente da equipe.
– Ele acredita que não, que há uma coesão, e que todos entendem que a vice também errou e exagerou. Ficou ruim para a vice escancarar sua atividade política apenas com a oposição. Ela não se preocupou nem em equilibrar.
Conclusão
Diante desse clima e apesar da relutância e da demora de entrarem nessa briga, a saída estará no comportamento que vierem a ter Campos Machado e Renato Amary em relação ao prefeito e a vice. Se conseguirem que se respeitem já será uma vitória.