Fiquei incomodando quando vi a deputada estadual Maria Lúcia Amary na tarde de quinta-feira fazendo uma espécie de jogral virtual para celebrar o decreto do ainda governador Dória para o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em local fechado.
Esse mesmo sentimento tive ao ver o vídeo do prefeito Manga, na manhã de hoje, colocando um cesto de lixo sobre sua mesa e lá desprezando com força a sua máscara.
Esse meu sentimento de incômodo foi ainda maior quando olhei todos os usuários da academia da ACM no Jardim São Paulo, na manhã desta sexta-feira, onde fui me exercitar, e constatei que 90% pelo menos haviam abdicado do uso da máscara.
A máscara salvou vidas, embora não todas, infelizmente. E ainda vai continuar salvando.
O vírus Sars Covid 19 está aí. O Ômicron ainda é uma realidade e já surgiu a Deltacron e pelo que se ouve não é possível prever um fim para suas variantes.
É avançado o entendimento para que seja decretada o fim da pandemia, ou seja, a Covid enfim será a gripinha apregoada lá atrás pelo presidente. Posicionamento tão errado e cruel que levou incautos à morte. Aliás, ainda leva os fanáticos que seguem o presidente e negam a vacina.
Como se sabia desde o princípio, a vacina salva vidas, não remédio para vermes. A máscara salva vidas.
Fica o desejo que o fim da obrigatoriedade do uso da máscara, tão prontamente adotada pelo cidadão, não seja apenas uma medida política, de ano eleitoral. Fica o desejo de que a vacina ainda seja capaz de neutralizar o poder letal desse vírus.