Adeus Zé Maria! O que fomos um para o outro, ainda o somos

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Sorocaba amanheceu hoje com a notícia da morte de José Maria Bolina Filho, o Zema para os amigos. Engenheiro, ele fez uma das mais belas histórias das empresas da área de grandes edificações de toda a região ao fundar, e dirigir, nos últimos 30 anos, a ProHidro, uma parceria com seu sócio e amigo Pérsio Antônio dos Santos.

Zema estava internado após complicações provocadas a partir do procedimento para a retirada do excesso de pele em seu corpo em razão de um bem-sucedido processo de perda de peso. Aos 63 anos de idade, Zema estava feliz. A vida em família e nos negócios andavam de vento em popa, expressão que ele usava com alguma frequência.

Um amigo da época da faculdade, que vinha sofrendo com o sofrimento de Zema nas últimas duas semanas em que ele estava internado, conta com gratidão, e emoção, de que se não fosse pela generosidade de Zema ele não teria se formado. Sempre atendo aos amigos, fosse para uma prova ou para organizar um evento, ele sempre estava disposto. Era, seguramente, um cara do bem. Desses que se contam nos dedos e de um astral contagiante.

Outro amigo lembra que há cerca de um mês, animado com a perda de peso e projetando bons momentos, ele esteve em sua loja de carros: Zema estava confiante e intuindo que o Brasil sairia dessa crise, com isso ele se preparava para dar um salto em seus negócios.

Na rede de whattsapp, entre os vários grupos onde fazia parte, pipocaram fotos e vídeos de Zema assim que foi confirmada sua morte, lembrando o prazer de todos em terem convivido com ele.

Assim como Zé Antônio, seu irmão gêmeo, Zé Maria gostava de fazer Paella quando estava reunido com amigos. Santista, uma herança de quando criança, ele convivia bem nos grupos que fosse. Foi assim que eu o conheci, numa festa organizada por Fábio Mott, palmeirense roxo, onde ele foi o único, e muito bem-vindo, convidado que não torcia para o Palmeiras.

Tirador de sarro, brincalhão, amoroso, atencioso, Zema aproveitou a vida. Essa mesma vida que lhe pregou uma peça, levando-o tão cedo. Como compartilhou um amigo, assim que soube da sua morte, aqui também compartilho essa oração de Santo Agostinho que explica o que seus amigos sentem neste momento:

O que fomos um para o outro, ainda o somos.

Dá-me o nome que sempre me deste.

Fala-me como sempre me falaste.

Não mudes o tom a um triste ou solene.

Continua rindo com aquilo que nos fazia rir juntos.

Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.

Que o meu nome se pronuncie em casa

como sempre se pronunciou,

sem nenhuma ênfase, sem rosto de sombra.

A vida continua significando o que significou: continua sendo o que era.

O cordão de união não se quebrou.

Por que eu estaria fora dos teus pensamentos,

apenas porque estou fora da tua vista?

Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho.

PS – o corpo de Zema será velado a partir das 7h desta de quinta-feira, 4 de outubro, no Cemitério Pax, mesmo local onde será enterrado às 14h.

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