Quando chegou a minha vez de pagar a tarifa do pedágio no km 70 da rodovia Castello Branco, na altura de Itu, sentido a São Paulo na manhã de hoje, por volta das 10h15, a operadora de caixa estava esbaforida na tentativa de chamar um colega em tempo de parar o veículo que havia acabado de sair da cabine.
O nome dela é Alcione e conseguiu o seu objetivo. Minha primeira impressão é de que o carro anterior ao meu lhe deu dinheiro a menos e ela teria de colocar do seu bolso no momento de fechar o caixa, ao final do seu expediente de trabalho. Mas era justamente o contrário. O motorista do veículo da frente (uma espécie de caminhonete, com a caçamba bastante carregada) inadvertidamente, obviamente, pagou a sua tarifa dando à funcionária Alcione o dinheiro todo enrolado. E saiu com o veículo assim que a cancela subiu. Porém, Alcione viu que ele deu R$ 20 a mais. E ela me disse: “Deus me livre ficar com um centavo que não é meu!”
Pensei na hora em Paulo Preto (o ex-comandante da Dersa e outras licitações de estradas do Estado de São Paulo), preso recentemente e que na manhã de hoje li no jornal de que ele assumiu à Receita Federal que possui 4 contas em Bancos da Suíça com saldos que somados chegam a R$ 137 milhões. Fruto de corrupção, obviamente!
Ah se o Brasil tivesse mais mais Alciones! Rogo que tenha e que elas peçam a Deus para ficar livre da tentação de ficar com centavos que não lhe pertencem. O Brasil precisa prender, julgar e condenar todos seus Paulos Pretos que acham que o Estado e o Governo são extensões da sua ambição!