Cadê o São Bento que acostumei a ver

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Não é o fato de ter a pior campanha de todo o Campeonato Paulista 2019 ao final de três rodadas, com apenas um ponto somado e um saldo negativo de seis gols, que me assusta no time deste ano do São Bento.

Estive domingo no bar do Arnaldo, reduto de torcedores do São Bento, no jogo das 11h da manhã em Ribeirão Preto, vendo pela TV a estréia da equipe na temporada deste ano. Alvinho (há anos o marido da cantora Márcia Mah, meu amigo de adolescência), Matielli (colega dos tempos do Senai), claro, o próprio Arnaldo que abriu o bar naquela hora esdruxula só para o jogo, e uma dezena de outros torcedores viram o jogo. Foi um verdadeiro balde de água fria (o São Bento levou 2 na trave e cometeu um pênalti não marcado) onde se preferiu ver a “sorte” de ter empatado a partida.

Não vi o jogo contra o Santos por compromissos previamente agendados, mas vendo o Peixe bater o poderoso São Paulo com facilidade minimizei a goleada sofrida em Sorocaba por 4 a 0.

Animado, fui um dos 999 pagantes presentes no estádio em Itu para São Bento e Ituano. Outro foi o ícone do rádio esportivo brasileiro, Nílson César, narrador da Jovem Pan de São Paulo, que viu o jogo da mesma arquibancada onde eu estava. Um jogo patético! O mérito do péssimo Ituano foi o de ter procurado a vitória. No São Bento, o discurso de sempre: a equipe ainda não encaixou, como se diz na gíria futebolística. Espero que seja isso mesmo, mas me deixa com a pulga atrás da orelha se vi mesmo o que penso que vi e espero não ter visto: o meia Paulinho se recusar a cumprimentar o técnico Marquinho Santos quando foi substituído.

Com exceção de uma jogada pela esquerda, no 1º tempo, cruzada muito alta para o cabeceio de Alecsandro, o São Bento só chegou em bola parada no gol do Ituano.

Cadê o São Bento que nos acostumamos a ver nos últimos 8 anos, quando começou sua ascensão e não parou mais?

O São Bento escolheu (o que não é minha preferência, mas respeito que assim tenha escolhido) defender bem, não tomar gol e “golear” por 1 a 0. Mas e agora? Não há clareza de que time se pretende ser.

O São Bento voltou a despertar o sentimento de ser o time de Sorocaba, mas isso só se concretizará quando for campeão. E para ser campeão, depois de tudo o que precisa ser feito e bem feito fora de campo, é preciso definir um estilo ou esquema de jogo. Mude o técnico ou os jogadores, pouco importa, o que vale é que a instituição São Bento jogará sempre do mesmo jeito: para se defender (há quem veja beleza nisso) ou para atacar e vencer. O que não dá é para ver o que foi contra o Botafogo e Ituano.

Sinceramente, decepcionante o São Bento desse ano. E, repito, não por ser a pior campanha do Paulistão, mas por ser uma junção de jogadores que não sabem o que fazer. Nem se ficam com a bola ou se dão ela para o adversário.

Como fanático (um dia conto minhas maluquices) estarei vendo o jogo contra o São Caetano e acreditando que dessa vez a história será diferente.

Vamos ganhar Bentôôô… Vamos ganhar Bentôôô…!

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