Em sua defesa, prefeito alega não compactuar de trama do mal

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O prefeito Crespo (em suas alegações finais no processo onde foi investigado sob a acusação de irregularidades na contratação de voluntários na prefeitura) acusou Salatiel Hergesel (presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais da Prefeitura de Sorocaba), autor da denúncia que deu origem à Comissão Processante; o empresário Antônio Bocalão Neto (dono do jornal que o prefeito classificou de tablóide e estar recebendo publicidade da Prefeitura) e Eloy de Oliveira (ex-secretário de Comunicação e Eventos da Prefeitura de Sorocaba) de terem planejado e executado um plano contra a administração municipal e o seu governo.

Isso faz parte do documento com 82 páginas entregue pelo advogado do prefeito, Márcio Leme, aos membros da Comissão Processante. A conclusão da defesa, em suma, resume-se a este trecho: “o denunciado (prefeito) se vê processado unicamente porque optou por contrapor-se a esse projeto de poder. Optou por não alinhar-se às figuram mal intencionadas que ora protagonizam este escândalo, correndo o risco de ver anulados todos os votos a ele confiados pela população sorocabana com fundamento em mentiras, estórias e falácias.”

Num outro trecho da defesa, o advogado argumenta: “Ao que se percebe, Salatiel e Bocalão, unidos com o sentimento de vingança contra a administração pública, criaram e usaram das mensagens objeto da denúncia com intenção espúria de enganar a população sorocabana e os ilustres vereadores.”

Em outro trecho, diz: “As mensagens recebidas por Salatiel, supostamente enviadas por servidores da Secom, de forma anônima, em verdade foram remetidas diretamente pelo senhor Antonio Bocalão Neto ao senhor Salatiel, tudo em um jogo de cena, para dar azo às vontades políticas dos aludidos agentes.”

Num outro ponto, afirma: “O senhor Eloy, então na condição de investigado, certamente estava disposto a lançar mão de qualquer expediente, ainda que ilegal, para ver-se livre das pesadas suspeitas que o cercam, ainda que para tanto, tivesse que mentirosamente increpar quem quer que fosse.”

Por fim, conclui o advogado do prefeito: “este processo não é senão um grande teatro, dirigido pelo pretenso político denunciante, Salatiel, escrito pelo contrafeitor investigado Antonio Neto Bocalão e estrelado pelo investigado Eloy de Carvalho (sic)”.

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