Encontro de Paleontologia lança a criação do Geoparque Angatuba

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A primeira edição do Encontro Aberto de Paleontologia de Angatuba, organizado com o objetivo destacar a importância dos sítios paleontológicos que se encontram no município de Angatuba, na Região Metropolitana de Sorocaba, e buscar o envolvimento da população na proposta de criação de um Geoparque com selo da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), aconteceu no último sábado e reuniu centenas de pessoas.

A realização do evento partiu dos integrantes da Ong Eco Road, com o apoio de servidores dos campi Lagoa do Sino e de Sorocaba da UFSCar, de instituições públicas locais e da iniciativa privada, buscando viabilizar o desenvolvimento sustentável do município por meio da união de diferentes atores da região. “A ideia é esclarecer a sociedade sobre a proposta de desenvolvimento e elaborar um plano de ação participativo para a implementação do Geoparque Angatuba, com possibilidade de receber o certificado da Unesco”, explica Nain Samuel de Almeida, representante da Eco Road.

O evento teve palestrantes do Brasil e de Portugal sobre temas relacionados aos fósseis de Angatuba e a sua importância no contexto mundial, a extração de fósseis e as implicações legais, a importância paleontológica de geoparques e geossítios e o desenvolvimento de um geoparque.

Também foi abordado o Arouca Geoparque Mundial da Unesco, em Portugal, e sua criação, evolução, estratégia e gestão para o desenvolvimento territorial.

Geoparque Angatuba

A proposta de criação do Geoparque Angatuba é, para os organizadores, uma estratégia de desenvolvimento sustentável do município. Segundo a professora Mírian Forancelli Pacheco, do Departamento de Biologia (DBio-So) do Campus Sorocaba da UFSCar, o município conta com um notável patrimônio geológico e paleontológico que, se associado a uma estratégia sustentável, pode possibilitar seu desenvolvimento preservando os recursos naturais.

Nesse cenário, de acordo com Pacheco, o geoparque pode colaborar com a conservação de materiais fossilizados, com a preservação da natureza, a disseminação científica e com ações de educação ambiental e de turismo. De forma complementar, a bióloga Bárbara Heliodora, parceira da iniciativa, enxerga na criação do Geoparque Angatuba um enorme potencial para o setor de serviços no município assim como para a promoção de uma agricultura sustentável na região.

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