Entenda a briga por trás das placas nos imóveis

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O mercado de imóveis, responsável direto pelo aquecimento da economia – se existem vendas, existem novas construções e por consequência novas contratações de empregados em toda a cadeia deste importante setor – está patinando desde 2014 e, apesar de ânimos isolados, está longe de ser classificado de aquecido.

Mas, uma briga até agora surda, ao menos em Sorocaba, estava deixando para lá de fervoroso o clima nos bastidores deste setor.

Com o intuito de diminuir custos e valorizar a mídia tradicional (jornais, rádios, revistas, TV e redes sociais), um grupo de corretores estava tentando convencer os vereadores da Câmara Municipal a criar uma lei para proibir ou limitar o uso de placas por parte das imobiliárias nos imóveis.

Antes de pensar em qualquer lei a esse respeito, o vereador Hudson Pessini promoveu uma audiência pública para debater o tema e conseguiu a presença massiva de profissionais do ramo imobiliário em Sorocaba. “Houve corretores achando que projeto já estava em pauta, mas ainda não, a intenção é de ouvir todos e conhecer suas necessidades”, afirmou o vereador.

Defendendo a proibição das placas, a corretora Eliane Mello apresentou a proposta de elaboração do projeto lei, argumentando que “com a proibição ou limitação do uso de placas em frente aos imóveis haveria as seguintes vantagens: despoluição visual da cidade; mais segurança aos proprietários, por não expor claramente imóveis que estejam desocupados; promoveria mais parceria entre corretores sem concorrência pela publicidade; e haveria menos barganha de preços das comissões das imobiliárias”.

Contrário a essa proibição ou limitação de placas, quem argumentou foi Harley Mena, presidente da Associação dos Corretores e Empresas Imobiliárias de Sorocaba. Para ele, a “proibição afetaria diretamente as empresas que fazem colocação de placas de imóveis, desaqueceria o setor, acarretando diminuição de impostos como ITBI e ISSQN, aumentaria o desemprego e até mesmo criaria um problema de saúde pública com a proliferação de criadouros do Aedes aegypti”.

Também contrário à proibição, o empresário William Andrade – um dos mais conhecidos e conceituados de Sorocaba – disse que “a proibição iria acabar com profissionais e imobiliárias que trabalham principalmente em áreas periféricas”. E foi enfático em sua crítica: “esse possível projeto de lei foi feito ‘na surdina’ por uma minoria de profissionais.”

Outro conceituado e conhecido dono de imobiliária, Júlio Casas, disse que “os corretores não precisam de restrições para se organizar e, quanto ao problema de segurança afirmou que os moradores dos imóveis devem tomar a precaução de receber visitas apenas com a companhia dos corretores”.

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