Entendendo a flopada

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Eu tive 250 votos na eleição de domingo passado. É um número ruim perante os 652 que obtive em 2020. Um fiasco. 

Na noite de domingo, após o resultado, publiquei meu último vídeo de 1 minuto. Foram 70 desses vídeos ao longo da pré-campanha e campanha. 

Sabe quantos amigos  virtuais interagiram comigo neste último vídeo? Exatos 1.637 juntando Facebook e Instagram. Além de 8  que aparecem como “outros”, ou seja, pessoas que viram, mas não são minhas amigas.

Desse total, tirando quem não vota em Sorocaba, restaram 1.385 amigos. Tirando assessores e candidatos e vereadores, sobram uns 1.300.

Se todos esses votassem em mim, eu tinha alcançado minha meta, praticamente, de votos nesta eleição. Se tivessem arrumado um voto a mais, eu seria eleito.

Ainda enviei mensagem para 1.700 e tantos no WhatsApp e quase 3 mil no Messenger. Foram ainda 10 mil santinhos. 

Enfim… quem um dia ouviu falar o nome Deda, Deda Benette ou Deda Questão soube que eu era candidato a vereador.  Não deixaram de votar porque não sabiam. Não votaram porque não quiseram. Fato.

Não acredito que achassem que eu seria mau vereador simplesmente porque ninguém está nem aí pra isso. Se tivesse, certamente muitos dos eleitos domingo não teriam sido.

Um amigo me disse assim: Coloquei seu santinho num grupo grande e um amigo me chamou de louco por estar fazendo propaganda para o Lula. Eu expliquei quem era você e ele insistiu que votar quarenta era votar na esquerda. 

Outro amigo me perguntou se era verdade que meu partido estava com o Manga. Quando confirmei ele disse que não contasse com o voto dele pois ele não vota na direita. 

Outro amigo me convidou duas vezes para visitar a empresa onde ele é gerente. Os donos haviam autorizado e eu poderia me apresentar para 400 funcionários. Eu não fui. Sempre aparecia um imprevisto. 

Outras dezenas de amigos estavam previamente comprometidos com outros candidatos como Gabriel, João Donizetti, Caio, Fausto, Iara…

Um último elemento, esse fundamental: O eleitor percebeu que eu não sou de partido. E é importante o partido no regime democrático. O fato é que não sou. Sou absolutamente social, mas totalmente contra a essa pauta de gêneros e minorias que está matando a política. Em economia sou liberal, mas sem tirar o colchão social que garante um mínimo de dignidade a tantos miseráveis. Não há um partido assim. Acho que no mundo não há. 

Claro que ainda há outro aspecto importante. Não sou líder religioso, não sou sindicalista, não sou assistencialista, não sou membro de Sociedade Amigo de Bairro, não sou de grupo algum… E isso é imperdoável ao leitor local. É um voto precificado. É o momento de retribuir um favor concreto. O que ofereci e ofereço é muito subjetivo para o eleitor vir comigo. Ele prefere o conforto. 

Fica meu lamento aos 250 que, como eu, devem ter se decepcionado com o resultado. 

Essa foi a última vez que falo sobre essa eleição. Acho. Kkkk. Pode ser que volte ao tema se achar necessário. 

Enfim tá aí um raciocínio a quem queria entender minha flopada. Que gíria chique, não? Essa gíria vem da palavra inglesa flop, que significa fracasso, somado com “ar” terminação verbal da primeira declinação na Língua Portuguesa.

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