Cinco dias atrás postei aqui que os moradores da rua dos Andradas, na região central de Sorocaba, onde fica o Bom Prato que vende refeições ao preço simbólico de R$ 1, haviam ligado à Prefeitura, Guarda Civil Municipal, Polícia Militar, Câmara de Vereadores e não conseguem tirar do local um morador que transformou um contêiner de lixo em sua “moradia”. Três horas após essa publicação, um assessor do prefeito Crespo me ligou informando que o setor especializado da Prefeitura já tinha entrado em contato com o morador, oferecendo a ele um local mais digno para ficar e ofertando ajuda para se recuperar.
Repito o que disse: Obviamente que esse homem entende que morar em um contêiner de lixo é melhor do que morar onde ele estava morando uma vez que ninguém obrigou ele a isso. O que leva a pergunta: onde ele morava? O que fez com que se sentisse “seguro” num contêiner de lixo?
Não há denúncia alguma de que esse homem tenha praticado algum delito.
Seu “crime” é ele se submeter a morar num lixo. Tal fato joga na cara de quem precisa passar por ele diariamente a já trágica situação econômica e social do Brasil. “Não é normal alguém morar num contêiner de lixo, assim como não é normal que a sociedade aceite isso e que as autoridades não façam nada a respeito”, desabafou comigo um morador que prefere o anonimato.