A contragosto de muitos dos seus filiados, o MDB se juntou ao PSB, PSC e Patriotas ao apoio à candidatura do PSL de Jaqueline Coutinho que concorre à reeleição para prefeita de Sorocaba. Eu expliquei em postagem anterior que o apoio aqui em Sorocaba esteve condicionado aos apoios na candidatura de Ribeirão Preto. Leia a postagem a respeito (https://odedaquestao.com.br/eleicao-de-ribeirao-preto-leva-mdb-a-apoiar-jaqueline-em-sorocaba/).
O que não se sabia era o tamanho deste racha dentro do MDB. E isso ficou evidenciado na última segunda-feira quando o vereador Péricles Régis apresentou uma denúncia ao Promotor de Justiça da Promotoria Cível da Comarca de Sorocaba, do Ministério Público, contra o vereador Fernando Dini, presidente da Câmara.
Para Péricles Régis, Fernando Dini ao fazer a determinação de convocar o suplente de vereador Anselmo Bastos, para a vaga do vereador licenciado por doença Luís Santos, o fez de forma “indevida” provocando “prejuízos aos cofres públicos”. Além disso, o denunciante acusa “ausência de amparo legal” para essa nomeação do suplente. Ele conclui dizendo: “Diante do exposto e considerando os fatos narrados acima, requer-se ao Ministério Público a adoção de providências para, verificado a suposta ilegalidade, desencadear as ações necessárias para correção, bem como apurar responsabilidades”.
Detalhe: o denunciante Péricles, o denunciado Dini e o suplente beneficiado, Anselmo Bastos, são todos do MDB.
Péricles, cujo a esposa é presidente do Fundo Social de Solidariedade da Prefeitura de Sorocaba, é declaradamente apoiador da prefeita Jaqueline.
Anselmo Bastos, conforme sua postagem em rede social, é declaradamente apoiador da candidata a prefeita do PSDB, Maria Lúcia Amary.
Dini, que queria ser candidato a prefeito e teve de engolir a troca de apoio dos partidos em Ribeirão Preto e Sorocaba, ainda não declarou o seu voto.
A lei é clara em dizer que membros de um partido que decidiu em convenção apoiar o candidato X estão legalmente impedidos de pedir votos para o candidato Y. Ou seja, os candidatos do MDB só poderão pedir votos através de material publicitário (TV, Rádio, Internet, Impressos) para Jaqueline Coutinho. Do contrário vão incorrer em crime eleitoral.