Exatamente há um mês, Sorocaba perdia professora vítima de acidente com motorista bêbado. Ele segue solto. Já a família amarga o silêncio das autoridades que não se dignam a dar uma resposta à sociedade

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Renata Cabrerisso, que era professora da Escola Municipal Oswaldo de Oliveira na região do Éden, bairro da zona industrial de Sorocaba, foi morta no dia 20 de fevereiro passado depois que o seu carro (um Ford Ka) ter sido atingido (e ficado completamente destruído, como mostra a foto) por um caminhão dirigido por Donizete Aparecido Araújo de Souza, na rodovia Celso Charuri.

Segundo a Polícia Rodoviária, o caminhoneiro que causou o acidente foi submetido ao teste do bafômetro no local do acidente, e instantes depois da colisão, e o resultado foi de 0,75 mg de álcool por litro de sangue em seu organismo, ou seja, o dobro do que a lei tipifica como crime.

Como preconiza a lei, Donisete foi preso por embriaguez ao volante e homicídio doloso.

Surpreendentemente para um leigo como eu, porém, Donisete foi liberado da prisão durante audiência de custódia e não precisou pagar fiança para estar em liberdade. Ele deixou a prisão antes do corpo de Renata ter sido sepultado.

Em entrevista à TV TEM na segunda-feira (26 de feverieor), Luciano Soriano Breda, que era casado há 12 anos com a professora, não escondia o seu inconformismo: “Como é que a gente pode colocar um assassino na rua, tendo ele 100% da culpa? Ele estava alcoolizado. Para a população a lei seca serve para liberar pessoas que matam, infelizmente é essa a conclusão que eu e a família tiramos”.

Um mês depois ninguém se dignou a responder ao marido.

E sem resposta ao marido, as autoridades estão dando uma banana para a sociedade.

Até quando a banalização das mortes no trânsito será tolerada?

Meus sentimentos aos familiares, amigos e alunos de Renata.

Minha indignação contra a injustiça!

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