Foi só um susto. Mas poderia não ter sido

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Saí da avenida Mofarrej, na Vila Leopoldina, em São Paulo, por volta das 21h30 na noite de terça-feira e quando eram 22h40 estava no semáforo embaixo do novo viaduto que liga a avenida JJ Lacerda com avenida Ipanema em Sorocaba. Para quem tem a intenção de pegar a avenida Brasil, como é o meu caso, sobrou apenas uma estreita faixa no local. Faltou visão ao engenheiro que projetou o local, mas é o que se tem.

Pois bem, quando eu me aproximava do semáforo, e não havia mais nenhum outro carro na via naquele momento, percebi dois homens embaixo do viaduto, apesar da ausência total de iluminação e o breu que toma conta daquele local, se movimentando com intenção de me abordar quando o carro chegasse ao semáforo. Diminuí a velocidade e quando um dos homens chegava perto eu acelerei, ele colocou a mão direita embaixo do seu moletom e fez menção de correr atrás do meu carro, mas eu já havia atravessado a pista com o sinal vermelho.

Que susto!

Imediatamente liguei 190 e para minha surpresa, logo após o primeiro toque fui atendido: Polícia Militar emergência, disse a voz feminina do outro lado da linha. Eu falei: Meu nome é Djalma, meu telefone está aí na sua bina, acabei de passar no semáforo tal (conforme escrevi acima) e frisei tratar-se de Sorocaba pois sei que muitas vezes quem atende não é de Sorocaba. Para minha surpresa, a voz feminina do outro lado me pergunta: o senhor gostaria de se identificar? Eu, nervoso com a tensão do momento, disse: mas o que mais você quer além do meu nome e telefone? E a voz me respondeu: que grosseria, que falta de educação… Eu, sem paciência alguma, respondi: essa é pergunta que se faça se comecei nossa conversa me identificando… E disse algo do tipo, faça o que quiser com a informação que dei.

Deveria ter dito que a falta de educação era dela. Que lhe faltou empatia, pois quem liga ao 190 evidentemente avaliou que está numa emergência e cabe a quem está no atendimento do 190 ter calma e educação. Não sei se a voz feminina do 190 que me atendeu era de uma militar concursada ou alguém terceirizado. Sei que lhe falta treinamento. O foco não é em quem fala, mas no que quem lhe fala diz, informa, pede…

Um lugar ermo como aquele viaduto precisa, urgentemente, de iluminação. E a polícia preventiva, como é o caso da Militar, não pode tolerar ninguém nos semáforos, ainda mais de noite, num lugar escuro.

Aposto, mas não quis pagar para ver, que os dois homens não queriam uma ajudinha para comer, fosse assim o que veio em direção ao meu carro não teria colocado a mão sobre o seu moletom. Até quem está em estado de necessidade máxima, que vive pedindo esmolas, precisa ter discernimento sobre o local, horário e condições que vai pedir alguma ajuda.

Fica aqui o apelo para o secretário de segurança, Vítor Gusmão, que já comandou a Polícia Militar na cidade, para melhorar a segurança nos semáforos da cidade, em especial no período noturno. Fica o apelo ao secretário do trânsito, Pasquoine, para que melhore a iluminação dos semáforos da cidade, em particular embaixo do referido viaduto. Fica o apelo para o comando da Polícia Militar treinar mais quem vai atender o 190 fazendo o funcionário entender que quem liga, pedindo ajuda, está numa situação debilitada.

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