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“Abstenha-se da gula, atenha-se ao sustento”.

Este é um ditado italiano que me ocorre ao circular pelas ruas e ver a propaganda eleitoral em algumas esquinas e cruzamentos da cidade. 

Há em número grande o material do atual prefeito e do candidato do PT, pouco vejo do candidato do bolsonarista e nada, nem vestígio de alguma propaganda do candidato do PCO, anacrônico partido da causa operária.

Mas não é por essas imagens presas em hastes plásticas chacoalhando ao vento, dos prefeituráveis, que me lembro desse alerta sobre a gula e o sustento. Mas ao ver igual material de candidatos a vereador. 

Olho para mim, que não tenho um único tostão e nem uma única doação para aplicar na campanha, e penso de onde eles tiraram tais recursos. Me assusta, mais ainda, pensar nas meninas (rarissimamente são homens) com as bandeiras, pois elas custam 60,00 de salário, mais vale-transporte e 20,00 de refeição por dia pelo período de 50 dias, ou seja, cada uma com uma bandeira na mão terá custo final ao candidato de R$ 3,5 mil. Cada uma!

O candidato a prefeito recebe dinheiro do Fundo Partidário, dinheiro público, aprovado em lei. Mas o vereador não recebe nada. Podem ter certeza. 

Então, me pergunto, e me iludo achando que qualquer simples cidadão também se pergunta ao ver a propaganda eleitoral do vereador: Por que ele está investindo tanto em si? 

Ater-se ao sustento, usando o que lhe é oferecido, como uns santinhos oferecidos pelo partido, fugindo da gula, me parece menos sedutor ao eleitor, e é seguramente mais saudável ao candidato, especialmente no caso dele ganhar.

Mas, como disse, me iludo. Não vejo muitos eleitores exercendo o raciocínio. Mas uns poucos, sim. São nesses que nutro minha expectativa de furar a bolha e ser um dos 25 legisladores escolhidos pelo sorocabano. Venha nessa comigo. Sugira aos parentes e amigos votar no candidato de número 40.040.

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