De acordo com o levantamento da Associação Comercial de Sorocaba, no âmbito de perspectivas futuras para a região, o 4º trimestre de 2018, deve ter um cenário conturbado, onde 40% estão confiantes que a economia da região de Sorocaba nos próximos 6 meses estará mais forte, enquanto 55% acreditam que estará mais ou menos igual. 5% tem a opinião que a economia não irá melhorar.
Isso é o que se interpreta a partir do Índice de Confiança do Consumidor, que caiu 4 pontos em relação ao 3º trimestre de 2018, passando de 129 para 125. Segundo o economista da Associação Comercial / Esamc Jr., Rafael Muscari, a inconsistência do mercado de trabalho foi um dos grandes fatores para a queda.
São dados que não captam a onda de otimismo do mercado, reveladas na manhã de hoje pleo Portal InfoMoney, diante da possibilidade de vitória do candidato de extrema-direita, Jair Bolsonaro, no próximo domingo (leia abaixo e foto)
Emprego
Em relação à confiança no emprego, 51% dos entrevistados estão otimistas com seu emprego, contra 49% que se dizem ainda preocupados com a instabilidade.
Segundo o economista, quando o assunto é confiança no mercado de trabalho, a instabilidade afeta a segurança no que se refere ao emprego atual. “Do total dos entrevistados 64% disseram conhecer alguém que perdeu emprego nos últimos meses e 21% pensam que a chance de perder o emprego nos próximos 6 meses é alta”.
Para o presidente da Associação Comercial, Sérgio Reze, o desemprego afetou o 3º trimestre desestabilizando a economia, em paralelo com a crise política. “Acreditamos que o mês de outubro pode ser um grande motivador para a retomada econômica. Todavia, também pode se agravar, dependendo do resultado político, e afetar de forma intensa a economia do País”, acredita.
Finanças
No quesito, finanças pessoais, o número de sorocabanos que consideram sua vida financeira acima da média é de 40%, enquanto 25% afirmam que vivem numa situação mediana e 35% se consideram em situações não satisfatórias, influenciadas pelo desemprego, instabilidade política e inflação.
Ainda neste tema, mas analisando o futuro (previsão 6 meses), 25% dos entrevistados esperam que a vida financeira irá melhorar, 55% dizem acreditar que ficará similar e 20% acreditam numa piora na vida financeira pessoal.
Consumo
Tratando-se de bens duráveis (como por exemplo: geladeira, TV, fogão, entre outros), a população que se sente mais disposta a realizar esse tipo de investimento apresentou retração. 40% dizem estar mais dispostos a realizar investimentos, enquanto 60% dizem o contrário. Em relação a bens de maior valor, como carro, casa, moto, entre outros, 35% disseram que estão mais à vontade para fazer a aquisição, enquanto 65% estão inseguros para investimentos deste porte.
Investimentos
Seguindo a linha de investimentos, tratando-se da capacidade de investir no futuro e economizar, 30% dizem estar mais confiantes, enquanto 70% responderam o contrário.
Sobre o ICC
O Índice de Confiança do Consumidor é aplicado para mensurar a expectativa da população sorocabana em relação à economia, com grau de confiança de 90% e amostra dirigida de 130 entrevistados de todas as regiões da cidade. Os balizadores são: emprego, situação econômica da região onde mora, situação financeira pessoal, capacidade de compra de bens necessários, duráveis, supérfluos e potencial de investimentos.
Euforia no mercado
Os dados divulgados na manhã de hoje pela Associação Comercial não captam o clima de euforia desta quarta-feira no mercado financeiro brasileiro. O portal InfoMoney – especializado em economia – destacou desde a abertura dos pregões a euforia com a possibilidade de Jair Bolsonaro vencer as eleições de domingo, deixando de fora o PT.
Entre as celebrações do mercado, registradas pelo InfoMoney, estão queda do dólar para menos de R$ 3,85 (havia passado de R$ 4,20 quando Haddad deu sinais de venceria), o valor das ações de bancos e da estatal Petrobrás subiu 10% e o índice do Ibovespa (principal Bolsa de Valores da América Latina) teve alta de 4% na abertura dos trabalhos na manhã desta quarta-feira.