Foto de autoria do sorocabano Epitácio Pessoa, publicada no portal do jornal O Estado de S.Paulo, de usuário de crack que deixou a cracolândia em São Paulo e caminhou até a mini cracolândia de Sorocaba em busca da droga
O presidente da Câmara de Sorocaba, vereador Rodrigo Manga, participou da coluna O Deda Questão no Jornal da Ipanema (FM 91,1Mhz) na manhã de hoje (25/05) para falar sobre a segunda edição do projeto Câmara no Bairro, agendado para o bairro Júlio de Mesquita, para o balanço dos pedidos feitos pelos moradores da primeira edição do programa no Parque São Bento, falou também que está em andamento o projeto de reforma administrativa para colocar fim a super salários de servidores (há telefonista que ganha mais de R$ 8 mil por mês), do projeto Escola Legislativa. Mas foi sua atuação no atendimento ao usuário de drogas que, mais uma vez, despertou a atenção minha, e dos âncoras do Jornal da Ipanema, Ercolin e Paulo Roberto Jr.
Primeiramente Manga revelou sua preocupação com o fato de usuários da Cracolândia de São Paulo (que foi “implodida” numa ação desastrosa do ponto de vista da saúde pública, mas cujo o resultado ainda será revelado do ponto de vista econômico, por exemplo, feita por João Dória Jr.) terem se dirigido às mini cracolândias de Sorocaba (são 49 e os endereços já foram publicados neste blog semanas atrás). A identificação de pelo menos 4 deles, em apenas 2 cracolândias, revelou Manga, foi feito pelos jornalistas José Maria Tomazella e Epitácio Pessoa do jornal O Estado de S.Paulo. Por isso, ele vai até as 49 mini cracolândias para saber da real situação delas.
Manga, que identificou as primeiras cracolândias em Sorocaba em 2013, revelou também nada, ou muito pouco foi feito de lá (4 anos do prefeito Pannunzio) para cá (os 150 primeiros dias de governo do prefeito Crespo).
Nova droga dos jovens ricos
O que causou espanto, porém, entre os jornalistas e ouvintes foi a revelação de Manga que chamou a atenção para uma nova e devastadora droga que já pode ser encontrada em Sorocaba. Ela se chama cristal, mas é mais conhecida como MDMA (metilenodioximetanfetamina) ou MD (Michael Douglas).
A nova droga, disse o vereador, “é a forma mais pura do ecstasy e são necessárias ações para evitar que se torne uma epidemia. Conforme relatos de usuários, ela é mais frequentemente comprada em baladas”. Por se tratar de uma droga de alto custo, os principais públicos são as classes média e alta, disse, revelando que um grama custa aproximadamente R$ 200 e rende até sete doses, enquanto a mesma quantidade de cocaína custa em torno de R$ 50.
MD são como o Sal Grosso, uma espécie de Cristal brancos ou incolores que podem ser esmagados para virar pó. Segundo especialistas, a MD é uma das substâncias que compõem o ecstasy, que leva também alucinógenos, anfetamina, ácido, além de outras substâncias químicas e até talco, farinha e produtos de limpeza.
Os efeitos são muito parecidos com os do ecstasy e causam euforia, sentidos tinindo e muita sede. “A pessoa fica inicialmente com uma sensação muito boa, sentindo-se muito bem, mas depois vem o efeito destrutivo da droga. Você pode ficar dias sem comer ou dormir”, frisa o vereador. O fim do efeito pode deixar a pessoa exausta, agressiva e até paranoica.
Desta forma, Manga defende que o Poder Público deve concentrar todos seus esforços no combate deste mal, que vem destruindo indivíduos e famílias. “Será que há ações policiais no entorno de estabelecimentos comerciais com grande concentração de jovens, como clubes e bares? Há registros de apreensão da referida substância em nosso município? Estou cobrando essas informações da Prefeitura.”
O vereador também quer saber se existem políticas na estrutura de atendimento à população, como CAPS e UPHs, voltados especificamente para este público, de usuários da MD. Do contrário, de antemão ressalta a necessidade de capacitação das equipes para tanto.