O embate entre o vereador Martinez (PSDB) e a vereadora Iara Bernardi (PT) – na última sessão da Câmara de Vereadores, terça-feira passada – a respeito de uma lei que visa exigir um Estudo de Impacto de Vizinhança para a instalação de uma unidade do Centro no Pop numa rua qualquer terá de ter a assinatura de apoio de pelo menos metade dos moradores dessa rua, aprovando a instalação.
Martinez defende esse estudo e essa mudança na lei, a vereadora do PT, sem citar que o Centro Pop é uma criação do governo federal, na época em que o PT esteve no comando, por meio do antigo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Secretaria Nacional de Assistência Social, defendeu a essência do projeto.
Localizada numa casa alugada no Jardim Sandra, a associação dos moradores do local há tempos vem pedindo para a prefeitura tirar o Centro Pop do local. As pessoas não querem em sua vizinhança um projeto social como esse.
Em resumo, o Centro Pop é um espaço de referência para o convívio grupal, social e o desenvolvimento de relações de solidariedade, afetividade e respeito entre pessoas em situação de vulnerabilidade, ou seja, é um serviço especializado para pessoas em situação de rua que, na visão do senso comum da sociedade, são drogados, viciados, vagabundos, enfim, são má-influência.
Essa visão é tão verdadeira que, no embate entre os vereadores na terça-feira passada, Martinez virou para Iara e perguntou: você quer um Centro Pop vizinho da sua casa?
O silêncio de todos os vereadores, e não apenas de Iara, deixou evidente que a resposta é não. Mas o fato é que essas pessoas em vulnerabilidade social precisam ser reintegradas à sociedade e o Centro Pop é capaz de proporcionar vivências para o alcance da autonomia dessas pessoas dando uma nova chance para que venha a ter participação social.
Que a prefeitura seja feliz em achar esse novo endereço ao Centro Pop sorocabano.
Na foto, imagem de um dia de atendimento no Centro Pop do Jardim Sandra.
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