Ministro concede entrevista exclusiva na coluna O Deda Questão na rádio Ipanema e afirma que presidente não renuncia porque acredita que vai resolver os problemas do Brasil

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“O impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) não tem nenhum respaldo e, do ponto de vista jurídico, é descabido”. A opinião é do ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, que participou, por telefone, da edição desta quarta-feira (2) do Jornal da Ipanema, da Rádio Ipanema, dentro da coluna “O Deda Questão”. Edinho lembrou que o impeachment é um instrumento da Constituição Federal, mas que “só pode ser pedido com um fato concreto, cuja responsabilidade possa ser atribuída ao governante”. “Não há nada que caracterize o que a legislação demanda”, afirmou. Para o ministro, o pedido de impeachment da presidente “não pode ser utilizado como um instrumento de luta política”. “É importante ter oposição e situação na democracia, mas, o embate político precisa ser feito nas urnas”, disse.

Perguntei ao ministro porque a presidente não renuncia já que 89% da população desaprova seu governo. Ele afirmou, em resumo, que a popularidade não pode ser medida para uma decisão dessa e que até o final do mandato Dilma voltará a recuperar a popularidade e credibilidade, situação possível somente com a melhora na economia, em especial com o fim do aumento desemprego.

O ministro classificou como “grave” a crise econômica e que o cenário é influenciado por características domésticas, mas que também sofre os efeitos da instabilidade econômica internacional. “A China está enfrentando dificuldades, os Estados Unidos vivem altos e baixos e a zona do euro também enfrenta problemas. O Brasil não é uma ilha, vivemos em uma economia globalizada”, declarou. Sobre as questões econômicas internas, o ministro disse que, entre os problemas a serem resolvidos, está o ajuste fiscal. Edinho comentou, ainda, o cenário político conturbado entre os poderes em Brasília. Segundo ele, a instabilidade política na Câmara e no Senado necessita de um “esforço imenso” para ter um ambiente de paz. “Em alguns momentos, é necessário colocar os interesses do país em ciam das questões político-partidárias”, disse.

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