Um terço dos municípios paulistas – entre eles Sorocaba – registrou crescimento na taxa de mortalidade infantil em 2016, segundo dados de levantamento do Estado no Sistema Datasus, base de dados do Ministério da Saúde. Vale a lembrança de que em 2016 o prefeito de Sorocaba era Pannunzio e os dados de 2017 e 2018, gestão do prefeito Crespo, ainda não estão disponibilizados pelo Ministério da Saúde.
Em Sorocaba, naquele ano, o avanço da taxa vai de 10,3 para 10,5 óbitos por cada mil bebês nascidos vivos e segue bastante abaixo do número estadual que é de 11,1 óbitos. Para o Ministério da Saúde, o dado geral, em específico o de Sorocaba , não caracteriza aumento significativo ou mudança da tendência de redução da taxa de mortalidade infantil, que teve queda sustentada nos últimos 25 anos.
Ao jornal o Estado de S. Paulo, o presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Estado de São Paulo, Carmino Antônio de Souza, ameniza o aumento da mortalidade infantil nos grandes centros e cita municípios como os de Campinas (onde ele é secretário municipal), e outros grandes como Sorocaba, que “acabam referenciando os partos de municípios que são da região”. Por isso, conclui “cidades de grande porte e com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) fazem parte da lista de avanço da mortalidade, incluindo a própria Campinas, São Paulo, Santos e Sorocaba”.
O tema Mortalidade Infantil voltou a ser assunto de repercussão nacional a partir dos dados de Estados do Norte e do Nordeste que registraram as maiores taxas de mortalidade infantil no País em 2016, segundo cálculo feito pelo Estado com base nos bancos de dados do Datasus. Roraima, Amapá, Piauí, Bahia e Amazonas têm os maiores índices (de 18,4 a 15,9 óbitos infantis por mil nascidos vivos), enquanto Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Paraná e São Paulo acumulam as mais baixas taxas (entre 8,7 a 11,1).
O Ministério da Saúde, ao Estadão, também foi enfático em admitir que a crise econômica teve impacto nesses números, pois “as crianças são as que mais sofrem com as mudanças socioeconômicas”.