Diante da manifestação de repúdio do presidente da Câmara, vereador Fernando Dini, com o fato da Comissão de Vereadores ter sido recebida pela diretoria do Hospital Regional do CHS (Conjunto Hospitalar de Sorocaba), quando esteve no local “de surpresa”, minha interpretação (como está em postagem anterior) está no fato de que existe dentro da Câmara de Sorocaba, o dedo-duro dessa visita.
E assim que a postagem entrou no ar, comecei a receber manifestações de pessoas de dentro da Câmara me sugerindo nomes de quem havia “entregado” a visita surpresa da comissão.
Uma dessas pessoas acusadas, porém, me disse que não foi bem assim uma vez que “a Comissão de Saúde da Câmara de Sorocaba enviou, na quinta-feira à tarde, aviso de pauta à imprensa, convidando para acompanhar a fiscalização que seria realizada na manhã do dia seguinte, sexta-feira, no Hospital Regional de Sorocaba”. E foi além: “A mensagem explicita, inclusive, a importância de se manter o sigilo quanto à ação, de forma a não comprometer a iniciativa. Motivo pelo qual, não atribui a esse procedimento a responsabilidade de algum tipo ou suspeita de vazamento prévio de informação”. A pessoa continua: “O envio de avisos de pauta é procedimento de praxe na imprensa, como forma de os veículos de comunicação definirem suas pautas com tempo hábil, a fim de que seja possível programar suas equipes de reportagem com antecedência, para acompanharem a ação, caso houver interesse”. E complementa: “Oportuno dizer que tal comunicação também fora realizada a todos os vereadores, por meio de circular enviada aos gabinetes no dia 28 de março, para que estes tivessem a chance de acompanhar os trabalhos da Comissão da Saúde”. Por fim, ela me diz: “Vale destacar, que em momento, algum, está sendo afirmado, por meio desta nota, que a imprensa seria a responsável por um possível vazamento da informação ou que isso possa ter partido especificamente de algum vereador, de modo a ter alertado a direção do referido hospital”.
Ou seja, a Comissão de Saúde avisou da visita surpresa pelo menos 100 pessoas (os 20 vereadores e seus 5 assessores, e ao menos 10 jornalistas) e esperava que todas elas guardassem o segredo da ação. De fato, não existe dedo-duro, apenas ingênuos na Câmara de Sorocaba.